Dirceu quer que PT e PMDB façam as pazes na Bahia
José Dirceu, com os olhos postos em 2010, opina nesta quinta-feira (18) em seu Blog que Ruptura PT-PMDB na Bahia não é boa para ninguém. É uma resposta do ex-ministro, sempre ativo e ainda influente no PT, ao conflito aberto entre o PT d
Publicado 18/12/2008 14:18
“Espero que não passe de um mal entendido a anunciada ruptura entre o PT e o PMDB na Bahia, entre o governador Jacques Wagner (PT) e o prefeito reeleito de Salvador, João Henrique (PMDB)”, defende Dirceu no Blog.
“Passado o período eleitoral, o calor da campanha, precisamos restabelecer o diálogo e o entendimento com o prefeito e o PMDB baianos. É necessário não só para governar a capital e o Estado, para a boa governabilidade nos dois casos, mas principalmente visando 2010”, prossegue o ex-ministro, sempre desenvolto ao opinar.
“Qualquer outra saída tem que estar fundada em razões irreversíveis, o que não parece ser o caso na Bahia. Na minha avaliação, para a boa fluidez da administração do Estado e da capital baiana, para nós do PT, para todos enfim, o melhor é manter a aliança que levou a vitória de Jacques Wagner em 2006, porque ela pode nos assegurar um apoio decisivo para a coalizão PT-PMDB em 2010 na Bahia e no Brasil”, conclui o post.
O então deputado federal Geddel Vieira Lima teve um papel importante na aliança de centro-esquerda que elegeu Wagner governador, em um fulminante primeiro turno que vibrou o golpe de misericórdia na hegemonia do PFL de Antonio Carlos Magalhães. Graças a isso Geddel foi alçado ao ministério. Na eleição municipal deste ano, o “carlismo” confirmou sua caducidade – ACM Neto ficou em terceiro lugar –, enquanto o segundo turno confrontou o prefeito peemedebista, afinal reeleito em 26 de outubro, e o deputado petista Walter Pinheiro.
Geddel, candidato declarado ao cargo de Wagner em 2010, faz um jogo regional, como muitas seções do PMDB – a exemplo da de São Paulo, com seu líder Orestes Quércia já em campanha para eleger a si senador e ao governador tucano José Serra presidente da República. Dirceu, a julgar pelo seu Blog, acha que a ruptura não está “fundada em razões irreversíveis”.
Da redação, com http://www.zedirceu.com.br/index.php