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Sindicatos vão às ruas da Grécia contra diretiva européia

Dezenas de milhares de trabalhadores e estudantes saíram às ruas na quarta-feira (17) em 51 cidades da Grécia, sob as bandeiras da Pame, a Federação Sindical da Grécia, para protestar contra a Diretiva de Jornada de Trabalho da União Européia, que está

Essa diretiva pavimenta o caminho para o aumento da jornada de trabalho para 65 horas semanais, e até 78 horas por semana, introduzindo uma distinção entre horas de trabalho “ativo” e o “inativo” e promovendo também uma maior flexibilização das relações trabalhistas industriais.



A maciça  participação de estudantes e operários, a organização e segurança das marchas e o espírito dos militantes caracterizaram as marchas e atos sutentados em 51 cidades e vilas da Grecia, que foram solenemente ignorados pela mídia burguesa.



Ao lado da resposta dos militantes à ofensiva anti-popular do parlamento Europeu e ao orçamento apresentado pelo governo do país, as marchas de quarta-feira deram uma mensagem a mais de resistência à repressão do estado, que é um elemento integral das políticas anti-populares.


 
Falando no ato do Pame em Atenas, Dimos Theodorou, presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Têxteis, de Couro e de Vestimentas, sublinhou que as condições de aprofundamento da crise econômica do capitalismo e, diante do repressão anti-popular conduzida pelo capital, a luta requer uma participação e organização dos trabalhadores  mais elevada. Isso é imperativo para uma luta que confrontará o grande caputal, seus representantes e apoiadores. A luta deverá se basear em sindicatos fortes, em comitês de luta em todos os postos de trabalho; deverá ser conduzida em todas as frentes; para contribuir com a acumulação das forças que poderão desafiar e derrubar o regime da plutocracia, pavimentando o caminho para um desenvolvimento que contemple as necessidades da classe operári. Dimos Theodorou saudou os operários e trabalhadores das pequenas e médias fazendas, que preparam uma grande mobilização nacional no dia 20 de dezembro.



Ontem também foi iniciada a discussão do orçamento do estado para 2009, no parlamento grego. Segundo o relato de Nikos Karathanasopoulos, do Partido Comunista da Grécia, o orçamento é “anti-popular e tem uma clara orientação de classe, elevando impostos sobre a classe operária. Nikos também destacou que “o povo deverá negar pagar o preço da crise”.



Ao mesmo tempo, a cada dia surgem novos elementos em relação ao núcleo de pessoas encapuzadas e suas relações com o aparato repressor do estado. Em um vídeo mostrado à noite em um popular programa de televisão, alguns deles são vistos, portando barras de ferro nas mãos e discutindo, dentro de um grupo de policiais, pouco antes de três escritórios do KKE em Salônica serem atacados por “desconhecidos”.



Para esta quinta-feira, o KKE convocou a todos para participarem de uma demonstração no centro de Atenas, conclamada pela Coordenação Estudantil de Atenas.



Informações divulgadas pela Seção Internacional do Partido Comunista da Grécia.