Compra do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil não garante emprego nas montadoras

A compra da metade do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil não entusiasmou trabalhadores do setor automobilístico. O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Milton Viário, avalia que a medida não garante os empregos, já que a cr

“Por parte dos consumidores, parece que não se justificaria essa crise. Fechamos o ano de 2008 com quase 5 mi de automóveis produzidos e vendidos. Este é um recorde histórico. O Brasil, há dois anos atrás, estava produzindo dois milhões, dois milhões e meio de carros”, afirma.


 


Uma das principais atividades do Banco Votorantim é o financiamento de automóveis via a BV Financeira. Com a compra de 49,9% do capital volante e de 50% do capital social do Votorantim, o Banco do Brasil espera aumentar em 21% o financiamento de carros por meio da expansão de crédito.


 


Viário analisa que a medida não vai ajudar o setor. Isso porque as montadoras já receberam dinheiro do governo federal e dificilmente o mercado consumidor de automóveis vai crescer mais do que em 2008. O sindicalista responsabiliza as próprias empresas pela crise, que para aumentarem os lucros investiram no mercado financeiro e agora estariam quebrando.


 


 


“A pergunta é saber o que está sendo comprado. Se está sendo comprado algum tipo de negócio que vem beneficiar o Banco do Brasil e as atividades estatais ou está comprando a parte podre da jogatina, que na verdade está representando o socorro econômico disfarçado”, diz.


 


Viário estima que Janeiro e Fevereiro sejam nebulosos para os metalúrgicos gaúchos. Caso as montadoras não recuperem os lucros, a tendência é de demissões.


 


FONTE: Agência Chasque