Estiagem mobiliza camponeses no Norte do RS
Pequenos agricultores da região Norte do Rio Grande do Sul planejam realizar protestos na segunda quinzena de Fevereiro. O objetivo é pressionar para que os governos estadual e federal tomem medidas que amenizem os impactos da estiagem e solucionem as
Publicado 13/01/2009 12:48 | Editado 04/03/2020 17:11
O coordenador estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Plinio Simas, afirma que os camponeses querem a renegociação das dívidas com a União, um maior controle sobre o preço dos insumos e investimentos reais na irrigação.
“Nós queremos discutir irrigação, porque até agora nenhum hectare de terra dos pequenos agricultores [da região] foi irrigado e a secretaria [estadual] já tem dois anos”, afirma.
A pauta de reivindicações dos camponeses foi entregue no final de Dezembro para a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e aos representantes estaduais dos ministérios da Agricultura (Mapa) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). No entanto, Plinio reclama que nenhuma medida foi tomada até o momento.
Na região Norte, a estiagem já provocou a perda de 80% das lavouras de milho e de mais de 90% das lavouras de feijão, características da pequena propriedade. A chuva que caiu recentemente apenas amenizou o plantio de soja, que acumula perda entre 30% e 50%.
“Foi muito instável, de município para município. Não teve uma chuva que atingiu toda a região. Mantém-se a estiagem, com a perda irreversível do milho e do feijão”, diz.
Segundo levantamento da Defesa Civil, 62 municípios gaúchos decretaram estado de emergência até o meio-dia desta segunda-feira (12). A maioria das cidades atingidas é do Norte e do Noroeste gaúchos.
FONTE: Agência Chasque