Metalúrgicos de Angra temem perda do emprego

A falta de novos contratos tem preocupado os seis mil metalúrgicos que trabalham no Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. O sindicato da categoria teme demissões quando as obras da P-56 e P-57 terminarem. Entre setembro e dezembro de 2008, três mil foram

A empresa se comprometeu a manter os empregos dos trabalhadores durante a construção da P-56 e P-57, além de buscar contratos de reparo de embarcações.



O sindicato quer discutir ainda a implementação do Plano de Cargos e Carreira (PCC) e a volta do plano de saúde oferecido pela empresa, que limitou o atendimento médico a Angra e mais três municípios da região – enquanto o anterior permitia a assistência em todo país. O fim das contratações de trabalhadores através de empresas terceirizadas também é reivindicado pelo sindicato.



Os diretores da empresa pediram um prazo de 12 dias para dar uma resposta sobre o PCC. Além disso, também informaram que em uma semana darão um parecer sobre a mudança contratual do plano de saúde dos funcionários.



Na manhã desta sexta-feira (30), os metalúrgicos farão uma assembleia extraordinária para decidir quais serão os próximos passos. “O entendimento do sindicato foi de aguardar até o fim do prazo e aí sim partir para uma greve se nada ficar decidido”, disse o presidente do Sindicato, Paulo Ignácio.



Ainda segundo Paulo Ignácio, eles esperam em breve se reunir com o governador Sérgio Cabral. O movimento é organizado junto com os metalúrgicos do Rio e Niterói.