Câmara de Salvador elege novo presidente no dia 2 de fevereiro

A data da eleição deverá ser definida no primeiro dia de trabalho Legislativo, na próxima segunda-feira, dia 2 de fevereiro, quando os vereadores recebem o prefeito João Henrique Carneiro para ler a mensagem do Executivo e, em seguida, dar início ao primeiro período ordinário da 16ª Legislatura do Poder Legislativo municipal. “Nosso objetivo é colocar a questão em discussão logo no início dos trabalhos, pois assim teremos uma definição no mesmo dia, com a eleição de um novo presidente”, explica a vereadora Olívia Santana.

Os vereadores vêm pedindo uma nova eleição desde que o vereador Alfredo Mangueira (PMDB) renunciou à Presidência da Câmara, no dia 9 de janeiro, uma semana após ser eleito. O único impedimento para a votação era a insistência do primeiro vice-presidente, Paulo Magalhães Jr. (DEM) em manter-se no cargo, utilizando para isso manobras jurídicas, como o parecer da Procuradoria Jurídica da Casa, que afirmava não haver necessidade de um novo pleito.

A maioria dos vereadores não concordou com o parecer e se mobilizaram para obrigar o presidente interino a realizar nova votação. Depois de muitas conversas, PCdoB e o PT  decidiram apoiar a candidatura de Alan Sanches (PMDB) para Presidência da Câmara. O peemedebista ganhou a adesão de 32 dos 41 vereadores e hoje é o único candidato ao cargo.

A vereadora Aladilce Souza considera a decisão de Paulo Magalhães acertada. “Ele percebeu que não tinha como se manter no cargo e optou por evitar o confronto com o plenário. Esta é uma vitória importante da oposição, que não só poderá eleger um novo presidente, mas também poderá finalmente está representado na Mesa Diretora da Câmara, com a eleição de Vânia Galvão (PT) para a segunda secretaria, cargo que Alan Sanches renunciou para disputar a presidência”.

Aladilce lembrou ainda, que uma nova eleição para a Presidência é muito importante para o Legislativo Municipal. “A Câmara já está com a imagem desgastada diante da população depois de tantas polêmicas. Primeiro foi a aprovação vergonhosa do Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano (PDDU), com forte interferência do Executivo, depois a renúncia de um presidente eleito uma semana antes. Agora,  não poderíamos permitir que o Judiciário também interferisse na Casa, com a imposição de um presidente sem legitimidade”, reforçou a vereadora. 

De Salvador,

Eliane Costa