Médicos do Rio podem parar na próxima semana
Os médicos cooperativados, que atuam nas unidades de saúde do município do Rio, participaram de uma reunião com a diretoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) no dia 3. Por unanimidade, foi estabelecido um prazo de sete
Publicado 04/02/2009 19:55 | Editado 04/03/2020 17:05
Caso os salários atrasados não sejam depositados até o dia 10 de fevereiro, os médicos prometem paralisar as atividades. “Reunimos este grupo para fazer um movimento legítimo e responsável e evitar, ao máximo, que a população seja prejudicada. O pagamento dos salários atrasados prometido para sexta-feira (30), não tinha sido realizado, para grande parte dos médicos, até a terça-feira (3)”, afirmou Luís Fernando Moraes, presidente do Cremerj.
Segundo os próprios médicos, cerca de 90% dos plantonistas das emergências dos hospitais Lourenço Jorge e Miguel Couto são cooperativados.
O Cremerj comunicou oficialmente a decisão à Secretaria Municipal de Saúde, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público do Trabalho e à Câmara dos Vereadores.
Desde o começo do ano, médicos e prefeitura vêm trocando acusações. O prefeito Eduardo Paes responsabilizou a falta dos médicos nos plantões pela crise nas emergências. Para o Cremerj, essa postura esconde as responsabilidades pelo caos no setor e pelo atraso de pagamentos a que esses profissionais estão submetidos pelos “intermediários da saúde” que contratam profissionais para a rede municipal.
Para o Conselho, a solução para os hospitais públicos do Rio passa pelo fim dos baixos salários, pela modificação das precárias condições de trabalho que impossibilitam a correta prática médica e a fixação dos médicos na rede pública através de contratação por seleção pública.