Médicos do Rio podem parar na próxima semana

Os médicos cooperativados, que atuam nas unidades de saúde do município do Rio, participaram de uma reunião com a diretoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) no dia 3. Por unanimidade, foi estabelecido um prazo de sete

Caso os salários atrasados não sejam depositados até o dia 10 de fevereiro, os médicos prometem paralisar as atividades. “Reunimos este grupo para fazer um movimento legítimo e responsável e evitar, ao máximo, que a população seja prejudicada. O pagamento dos salários atrasados prometido para sexta-feira (30), não tinha sido realizado, para grande parte dos médicos, até a terça-feira (3)”, afirmou Luís Fernando Moraes, presidente do Cremerj.



Segundo os próprios médicos, cerca de 90% dos plantonistas das emergências dos hospitais Lourenço Jorge e Miguel Couto são cooperativados.



O Cremerj comunicou oficialmente a decisão à Secretaria Municipal de Saúde, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público do Trabalho e à Câmara dos Vereadores.



Desde o começo do ano, médicos e prefeitura vêm trocando acusações. O prefeito Eduardo Paes responsabilizou a falta dos médicos nos plantões pela crise nas emergências. Para o Cremerj, essa postura esconde as responsabilidades pelo caos no setor e pelo atraso de pagamentos a  que esses profissionais estão submetidos pelos “intermediários da saúde” que contratam profissionais para a rede municipal.



Para o Conselho, a solução para os hospitais públicos do Rio passa pelo fim dos baixos salários, pela modificação das precárias condições de trabalho que impossibilitam a correta prática médica e a fixação dos médicos na rede pública através de contratação por seleção pública.