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Orçamento total do PAC ultrapassa a marca de R$ 1 trilhão

O governo anunciou nesta quarta-feira (4) um acréscimo de R$ 142,1 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até 2010. No lançamento do programa, há dois anos, o governo previa investir R$ 503,9 bilhões no período. Com a posterior inclusão de

Outros R$ 313 bilhões foram acrescentados para o período pós-2010 que, somados aos R$ 189,2 bilhões já previstos anteriormente, totalizam R$ 502 bilhões. Assim, o total para investimentos pós-2010 soma R$ 1,148 trilhão.


 


Desse total, o setor de energia é que mais vai receber investimentos — R$ 759 bilhões. O eixo de logística ficará com R$ 132,2 bilhões e o social e urbano, com R$ 257 bilhões. A intenção do governo é reforçar a infra-estrutura para fortalecer a política de estímulo ao setor privado e a geração de empregos.


 


O número de ações de infra-estrutura do PAC aumentou de 2.198, em setembro do ano passado, para 2.378, em dezembro. De acordo com o monitoramento do Comitê Gestor do PAC, 11% estão concluídas, 80% estão sendo executadas em ritmo adequado, 7% merecem atenção e 2% tem ritmo considerado preocupante.


 


Segundo o governo, nos dois anos de existência do PAC, 270 ações foram concluídas, o que significa um investimento de R$ 48,3 bilhões. Nos eixos de logística social e urbana foram 124 ações — entre elas 4,3 mil quilômetros de rodovias e 240 quilômetros de ferrovias.


 


Na área energética, 146 ações estão concluídas, entre elas a geração de 2,6 mil megawatts de energia e 4,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, além de 1,4 mil quilômetros de gasodutos.


 


Brasil mais forte


 


Na opinião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o PAC fortaleceu o país e também o deixou em condições mais favoráveis para enfrentar a conjuntura adversa que se coloca atualmente com a crise econômica mundial. “Viu, Dilma? Se não tivéssemos lançado o PAC em 2007, teríamos que inventá-lo agora, pois os outros países que não fizeram isso estão agora implantando seu PAC”, disse ele, dirigindo-se à ministra da Casa Civil Dilma Rousseff.


 


Segundo Mantega, o programa mostra que, ao contrário de outros países, o Brasil já vem implementando uma política anticiclica há mais de dois anos, que permitiu preparar o país de forma sólida para enfrentar a crise internacional. A economia brasileira passou de uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano para um patamar acima de 4,5%, o que significa que o Brasil voltou a crescer.


 


“Nos últimos dois anos, crescemos em torno de 5%. Esse crescimento foi impulsionado sobretudo pelo aumento expressivo do crescimento”, afirmou Mantega. O ministro destacou que a partir de 2006 o crescimento passou a ser de dois dígitos, ou seja, mais de 10%. Em 2008, segundo ele o crescimento ficou próximo de 15% sobre o ano anterior de acordo com as últimas estatísticas. A estimativa é de três vezes o crescimento do PIB.


 


O ministro ressaltou ainda o crescimento da demanda interna que chegou a 7,3%, com o consumo no varejo atingindo ao longo de 2008 o patamar de 14% antes de setembro, quando a crise econômica começou a ser sentida mais profundamente. “Ampliamos a capacidade de consumo da população brasileira. No período mais recente, com a crise, nós tivemos uma queda no crescimento de 10,9% (resultado de 12 meses).”


 


Para o ministro, esses números significam que, apesar da crise, o Brasil possui um nível de consumo bastante elevado mesmo que haja uma queda o índice ainda se manterá expressivo. O fator responsável pelo aumento do investimento e do consumo foi o aumento do crédito.


 


Guido Mantega apresentou números que mostram uma elevação no crédito de 22% (2002) para 41% do PIB (2008). Crescimento alavancado também pelo reestruturação do mercado de capitais, que passou a fornecer crédito barato para as empresas. Outro fator responsável pelo crescimento foi que o crédito se tornou acessível para as populações de média e baixa renda e a “bancarização”. Ou seja, pessoas que nunca tiveram acesso a uma conta bancária puderam tê-la.


 


No balanço, o ministro da Fazenda enfatizou ainda que, mesmo com a crise que atinge todos os países do mundo, houve no Brasil a manutenção das reservas internacionais em US$ 200 bilhões. “O Brasil conquistou a confiança internacional pois é um dos mais sólidos entre os emergentes. A prova de confiança que é um dos mais atraentes para investimentos.”


 


Da Redação, com informações da Agência Brasil