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Direita usa caso Battisti para fazer chantagem comercial

O esperneio da direita e de setores da mídia em torno do caso Cesare Battisti ultrapassou o limite da razoabilidade ao tentar convencer a opinião pública de que o caso estaria interferindo em questões comerciais. O DEM, através do deputado federal Paul

E, se fosse, seria uma demonstração de extrema falta de diplomacia por parte do governo italiano, pois estaria quebrando todos os protocolos de relação comercial já que ambos os países mantém normalmente suas relações bilateriais. A comitiva italiana era integrada pela vice-ministra da Saúde, Francesca Martini, e pelo chefe do Departamento de Saúde Pública, Romano Marabelli.



A imprensa brasileira, para dar respaldo à acusação sem fundamento, divulgou até cálculos de qual seria o “prejuizo” para o setor: R$ 90 milhões. Outra mentira. O cálculo é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo, mas se refere ao total máximo que poderia ser negociado na venda de carne e novilhos para a Europa. Nenhuma venda estava planejada e os produtores catarinenses nem sabiam se a venda seria concretizada com a vinda da comissão, portanto, não se pode falar em “prejuízo”. Atualmente, o Brasil não exporta suínos nem bovinos vivos para a Europa.



Ao comentar o assunto, o secretário de Articulação Internacional de Santa Catarina, Vinícius Lummertz, alinhado com os setores que tentam usar politicamente o episódio, acabou confirmando que não há nada de concreto em relação ao caso Battisti e o suposto cancelamento da vinda da comitiva italiana. “Foi algo silencioso. Buscamos as respostas e não houve retorno, deixaram em banho-maria”, contou ele ao jornal Valor Econômico.



No Itamaraty, a visita da comitiva sequer havia sido confirmada oficialmente pelo governo italiano. Sendo assim, os diplomatas afirmam que não se pode nem falar em cancelamento, pois não se cancela um compromisso que não foi sequer agendado. Mesmo que tivesse ocorrido o agendamento e posterior cancelamento seria um caso isolado, já que, em janeiro, foram mantidos regularmente todos os encontros programados entre autoridades dos dois países.



Da redação,
com agências