Movimento Proparque visita Áreas Ecológicas do Ceará
O Movimento Proparque realizará em 2009 visitas a vários ecossistemas do Ceará. O objetivo é mostrar diferentes espaços do Estado, promover educação ambiental e, ao mesmo tempo, angariar recursos para as atividades de promoção do Parque Ecológico Rio Bran
Publicado 06/02/2009 16:06 | Editado 04/03/2020 16:35
Seguindo este projeto, dia 1º, domingo último, a ONG levou 46 pessoas a Guaramiranga, onde fizeram trilha urbana e ouviram explicações sobre a Área de Preservação Ambiental da Serra de Baturité, que inclui Guaramiranga. Os participantes conheceram monumentos da cidade, a feira de artesanato e retornaram com mudas de plantas ornamentais e frutas adquiridas lá. Como houve muita procura e várias pessoas não puderam ir, outro passeio ecológico a Guaramiranga ficou marcado para o dia 1º de março.
O projeto dos passeios ecológicos prevê idas este ano a Russas, Canindé, Quixadá, a museus temáticos existentes no interior do Estado e à praia de Mundaú, por sugestão de quem participou das viagens anteriores. O Movimento Proparque faz excursões desse tipo desde 1998.
No começo de cada viagem é servido um café à base de frutas e sucos. No decorrer da excursão o grupo recebe informações sobre as atividades da organização não-governamental. Todos são convidados a se engajar nos projetos desenvolvidos pelo Movimento Proparque, cada um a seu modo.
No passeio a Guaramiranga, o Movimento Proparque convidou as pessoas para a manifestação de protesto que aconteceu dia 3 de fevereiro no Parque Ecológico Rio Branco, pelo fato dos saques que estão ocorrendo, já que no Parque não há vigilância 24 horas. Aquele logradouro recebeu melhorias e equipamentos aprovados no Orçamento Participativo de 2006. Ainda nem houve inauguração e os vândalos já quebraram os brinquedos das crianças e os bancos das mesas de jogos e furtaram madeiras das colunas de suas entradas. O Parque Ecológico Rio Branco está situado no bairro Joaquim Távora. Sua principal entrada é pela Av. Pontes Vieira. Existem outras pela Av. Visconde do Rio Branco, R. Castro Alves e R. Capitão Gustavo.
Há muitos problemas naquele parque, como erosão nos três rios, aterro clandestino, pessoas dormindo ao relento, animais doentes deixados ali pelos seus donos, moradores das imediações colocando entulho nas calçadas e entradas do parque e na nascente do riacho Rio Branco.
Movimento Proparque entrega abaixo-assinado com reivindicações à Prefeita de Fortaleza
Na manhã desta quinta-feira (05), foi entregue no gabinete da prefeita Luizianne Lins uma carta aberta e abaixo-assinado do Movimento Proparque sobre os vários saques que estão acontecendo na praça do Parque Rio Branco. As assinaturas foram recolhidas no último dia 3, momento em que militantes do Movimento Proparque realizaram um encontro. O abaixo-assinado obteve 1.326 assinaturas.
Os problemas denunciados são:
1. Falta de vigilância 24 horas leva à depredação do Parque desde 1995;
2. Há lixo e entulho nos seguintes locais: nascente do Riacho Rio Branco (o lixo chega à metade do muro), interior do parque, calçadas da Rua Capitão Gustavo e entrada pela R. Castro Alves;
3. Pessoas em situação de rua dormem no Parque e poderão instalar ali moradias irregulares (a prefeita deu casa digna aos antigos moradores da favela que existia dentro do Parque, podendo outra favela se instalar no Parque agora);
4. Urge definir o Parque como Unidade de Conservação Municipal, conforme a Lei 9.985/2000;
5. É necessário restabelecer os limites do Parque, pagar as indenizações aos proprietários dos terrenos e tomar posse desses terrenos.
Leia integra da carta à Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins:
Senhora Prefeita,
Queremos Segurança no Parque – Nós, cidadãos de Fortaleza, membros do Movimento Proparque ou apoiadores deste Movimento, vimos reivindicar da Exma. Sra. Prefeita Luizianne Lins, que coloque vigilância 24 horas no Parque Ecológico Rio Branco, com o objetivo de aumentar a segurança das pessoas e evitar constantes depredações, como quebra de árvores e de equipamentos de uso coletivo.
É com tristeza que vemos, dia após dia, os equipamentos do parque serem depredados antes de sua inauguração, mudas arrancadas, poluição dos riachos, animais soltos, pessoas dormindo no parque em situação desumana, motos e bibicletas circulando pelas vias de caminhada. Esta situação só será transformada quando este parque for uma Unidade de Conservação de acordo com a Lei 9.985/2000, quando suas terras forem regularizadas, quando o parque tiver plano de manejo e horário para fechar à noite.
Todas essas melhorias começam pela colocação de vigilância 24 horas. Caso contrário, daqui a algum tempo não haverá mais o que preservar no Parque Ecológico Rio Branco.
Fonte: AnotE – Agência de Notícias Esperança