Araguaia: camponês faz 80 anos e reafirma amizade com PCdoB
Esta semana marcou mais um ano na vida do camponês Otacílio Alves de Miranda. Baiano, como é conhecido, completou 80 anos e, entre familiares e amigos, recordou o período (1972-1975) em que os guerrilheiros do Araguaia foram exterminados pelos militares d
Publicado 15/02/2009 13:12
Vivendo então nas regiões de Palestina do Pará e Faveira, no município de São João do Araguaia, onde ficava o destacamento A da guerrilha do PCdoB e onde ocorreu um dos principais embates daqueles dias, Baiano foi amigo do “povo da mata”, como eram conhecidos os comunistas. O camponês foi o primeiro a ser anistiado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça em 2006, juntamente com Pedro Onça, que presidiu o PCdoB em Piçarra, também no Pará.
Entre outros prestigiaram a festa o presidente do PCdoB de Marabá, José Edmilson, o sobrevivente da guerrilha, Micheas Gomes de Almeida, o “Zezinho do Araguaia” e companheiros como o também camponês Eduardo Rodrigues e seus filhos Sonia Maria Brito e Mário Brito.
Ao recordar aquele período, Baiano, emocionado, relatou o sofrimento dos guerrilheiros, queridos na região, e dos camponeses que também sofreram nas mãos dos militares por manterem relações com os comunistas perseguidos. Passados 34 anos do fim da guerrilha, Baiano reafirmou sua amizade com o PCdoB. Para Zezinho do Araguaia, “este encontro simboliza o amor, a verdade e a solidariedade, armas usadas pelos heróis e heroínas camponeses, operários, intelectuais etc. que viveram a tempestade de horror que assolou nosso país por mais de duas décadas”.
Da redação