Ministério Público suspende campanha de servidores contra Yeda
O Ministério Público recomendou nesta sexta-feira (13) à Interlig Propaganda a retirada dos outdoors com a foto da governadora Yeda Crusius. Os painéis faziam parte da segunda fase da campanha que sindicatos de trabalhadores promoviam desde Janeiro con
Publicado 15/02/2009 20:33 | Editado 04/03/2020 17:11
A divulgação do novo conteúdo foi feita na quinta-feira (12) em Porto Alegre pelos dez sindicatos que assinam a campanha. No mesmo dia, Yeda entrou com uma representação criminal por danos morais no MP. A presidente do Cpers Sindicato, uma das entidades que participa da campanha, Rejane de Oliveira, não se surpreendeu com a reção da governadora.
“Nós já sabíamos que o governo, por sua postura autoritária, iria proceder desta forma. Que é a costumeira forma de um governo que não se abre para o diálogo. A governadora não pode querer fazer política danosa à população e depois não permitir ou não gostar que as pessoas denunciem isso”, diz.
A sindicalista também não acredita em rechaço de deputados da base governista na Assembléia. Os parlamentares decidem nos próximos dias se mantêm ou não o veto de Yeda que permite o corte do ponto de professores grevistas e policiais civis que realizaram paralisações no final de 2008.
“Nós acreditamos que não, até porque os deputados já se comprometeram com a nossa categoria”, afirma.
A reação do governo foi truculenta antes mesmo da campanha chegar em sua segunda fase. O chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, enviou uma carta ao Grupo LZ, que alugou os outdoors, e à empresa de publicidade Interlig, afirmando que tomaria “medidas judiciais cabíveis” caso os painéis fossem divulgados.
O estopim para a campanha dos sindicatos foram as propostas de alteração nos planos de carreira dos servidores. No magistério, o governo estadual pretende instituir ganhos por produtividade, como ocorre nas empresas privadas e a exemplo do que já acontece nos governos do PSDB em São Paulo e Minas Gerais.
FONTE: Agencia Chasque