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Venezuela em festa por triunfo em referendo constitucional

Sons de sirenes, fogos artificiais e música nas ruas de numerosas cidades venezuelanas marcam nesta segunda-feira (16) a continuação da festa pela vitória no referendo que deu luz verde à reeleição contínua dos cargos públicos.

Milhares de simpatizantes do presidente Hugo Chávez iniciaram a festa na noite de domingo, após a divulgação dos primeiros resultados oficiais e continuaram os festejos durante toda a madrugada.



De acordo com o primeiro boletim oficial dos resultados, com 94,2% dos votos apurados e já com tendência irreversível, a opção do sim chegou aos 6,3 milhões de votos, representando 54,30% do total até então.



Em seu relatório, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, disse que os adversários obtiveram cerca de 5,040 milhões de votos, sendo que já não poderiam mais alcançar o voto pelo Sim, já que faltava apurar pouco mais de 800 mil votos.



“Desejamos felicitar o povo da Venezuela pelo seu comportamento cívico, democrático e alegre, como o demonstrado hoje, que foi uma jornada extraordinária”, explicou Tibisay, ao destacar que a participação foi acima de 70%, uma das mais altas na história.



“O povo participou em massa dessa jornada eleitoral”, agregou, depois de felicitar todos os eleitores, tanto os que votaram no Sim como os que escolheram o Não.



“Pedimos aos defensores da opção vencedora que celebre com orgulho, tranquilidade e, sobretudo, com generosidade, e aqueles cuja opção não foi vitoriosa que sigam com tranquilidade nesta jornada marivilhosa, da qual também foram protagonistas”, exortou.



Cerca de 17 milhões de venezuelanos estavam aptos a votar no referendo, que aprovou a modificação de cinco artigos da carta magna do país.



Desta forma, os partidários de Chávez venceram nos últimos 10 anos 14 dos 15 processos eleitorais (eleições presidenciais, parlamentares, regionais e referendos), já que perderam apenas o referendo pela reforma constitucional realizado em 2007.



Ao dirigir-se à multidão que se espremia diante do Palácio de Miraflores, Chávez disse que esta vitória os obriga a dar continuidade à Revolução, iniciada há 10 anos.