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Brasil é o país com maior defasagem salarial entre homem e mulher

O crescimento do número de trabalhadoras no mercado de trabalho no último ano – mulher 56,4% e homem 72% -, não alterou a diferença entre os salários de homens e mulheres. As mulheres ganham em média 34% a menos que os homens. A informação foi obtida e

Os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) confirmam a pesquisa. Em 2008, o rendimento médio por hora das mulheres diminui 0,9%, enquanto o dos homens subiu 1%.



No Brasil, segundo dados do censo do IBGE (2000), as famílias chefiadas por mulheres representam 24,9% dos domicílios brasileiros. A grande concentração da chefia feminina encontra-se nas camadas pobres. Nas demais camadas sociais, elas são co-provedoras.



Mesmo após os avanços das conquistas femininas no mercado de trabalho, as mulheres ainda sofrem com preconceitos e diferenças. O setor de energia elétrica, predominantemente masculino, nos últimos anos, tem aberto espaço para as mulheres nas áreas administrativa, técnica e operacional das empresas. Entretanto, a disponibilidade de vagas não é o suficiente para acabar com a discriminação.



Em grande parte das companhias do setor eletricitário, o salário inicial é igual para ambos os sexos. A desigualdade aparece quando há aumentos de salários e promoções. “A sociedade como um todo tem que agir contra essa discriminação. Se dois profissionais exercem funções e jornada de trabalho iguais, devem receber o mesmo salário; isso é lei”, pondera o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Carlos Reis.
 


Assédio moral e sexual



Além da diferença nos salários, as mulheres são alvos constantes de outros dois crimes: assédio moral e sexual. “Há casos em que as trabalhadoras são ameaçadas se exigirem seus direitos. É preciso que haja uma campanha mais intensa para que todas tenham consciência do problema e não aceitem mais esse tipo de agressão mental”, alerta o sindicalista.
 


“Nós defendemos que as profissionais tenham, na prática, os mesmos direitos, benefícios e tratamento que os homens. Nesse dia tão significativo, é importante destacar o valor do trabalho feminino para o desenvolvimento da sociedade e conseguir, de verdade, igualar os direitos”, declara o sindicalista.
 


Fonte: Federação Internacional dos Sindicatos