Prisão de al-Bashir: TPI é alvo de críticas internacionais

O presidente da 63ª Assembléia Geral da ONU, Miguel d'Escoto Brockmann, disse em Genebra que o processo de paz do Sudão tem obtido avanços positivos e que é preciso manter esta tendência favorável, acrescentando que as partes competentes devem suspender a instrução contra Bashir.

A União Africana (UA) vai enviar uma delegação de alto nível à sede da ONU em Nova York para conseguir a suspensão da ordem de prisão contra Bashir.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, Hossam Zaki, afirmou que a acusação contra Bashir não favorece a paz e estabilidade do Sudão.

O líder da Líbia Muammar al-Kadafi se reuniu ontem com o emir do Catar, o xeque Hamad, que está em visita à Líbia, sobre a situação do Sudão, ocasião em que al-Kadafi apelou aos países árabes para responder à ordem de prisão com atitude rígida e categórica, como fez a União Africana.

O porta-voz da chancelaria iraniana condenou a decisão do TPI contra Bashir, considerando que a questão de Darfur é assunto interno do Sudão e deve ser resolvida com esforços dos sudaneses e dos países dedicados à solução pacifica do problema.

África do Sul, Síria e outros países e organizações como a Liga Árabe também criticaram a decisão do TPI.

Bashir afirmou em comício que o TPI é uma ferramenta do imperialismo para saquear petróleo, gás natural e outros recursos. Ele declarou recusar a se submeter ao colonialismo.

O TPI expediu no dia 4 um mandado de prisão contra o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por crimes de guerra e contra a humanidade na região de Darfur.

Para algumas organizações internacionais e alguns países, a decisão do TPI, que emitiu o mandado ignorando os pedidos para dar ao Sudão uma chance à paz, é desfavorável ao processo de paz.