PT e PCdoB examinam “pendências” em São Paulo
As direções nacionais e paulistas do PT e do PCdoB se reuniram nesta sexta-feira (6), na sede do PCdoB em São Paulo. O encontro, sugerido pelo senador Aloizio Marcadante (PT-SP), visou enfrentar “pendências que foram se acumulando” na relação entre os doi
Publicado 06/03/2009 20:39
Pelo PT, participaram, além do próprio mercadante, os presidentes do PT nacional, Ricardo Berzoini, e do PT-São Paulo, Edinho Silva. O PCdoB foi representado por Renato Rabelo, presidente nacional, Walter Sorrentino, secretário de Organização, e Nádia Campeão, presidente estadual-SP.
Conforme Renato, “fizemos uma espécie de passada em revista da relação PCdoB-PT, que não é conjuntural, não é pontual e tem um sentido até estratégico”. Foi justamente na capital paulista, em 1988, que os dois partidos se coligaram pela primeira vez, para levar Luiza Erundina à Prefeitura.
O presidente do PCdoB expressou a opinião de que “não é possível uma relação assim se perder em idiossincrazias locais”. E citou o caso Bigardi, que para ele “não se justifica politicamente”.
Pedro Bigardi, engenheiro com forte liderança em Jundiaí (teve 35% dos votos para prefeito em outubro passado), deixou o PT pelo PCdoB em 2007. Em 2006 ele se elegera segundo suplente de deputado estadual, ainda na sigla da estrela. Com a eleição de dois deputados estaduais petistas para prefeito, ele devia assumir o mandato na Assembléia Legislativa. Mas em 5 de janeiro, este direito foi-lhe negado por um acordo PT-PSDB, que deu posse a Carlos Néder (PT), quinto suplente.
No último dia 21 o ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liminar ao PCdoB-SP ara que Bigardi assuma imediatamente cadeira como deputado estadual. A sentença suspende a decisão da Assembléia Legislativa, que nas palavras de Nádia foi “uma cassação branca”.
Na reunião de sexta-feira, PT e PCdo B concordaram em que as direções estaduais das duas legendas vevem buscar “encaminhar uma nova relação”. Berzoini admitiu que no caso Bigardi este relacionamento foi atropelado. Ficou também de examinar os casos de Prefeituras eleitas em coligação PT-PCdoB mas onde os comunistas foram alijados da participação nos governos.