Morre o sociólogo baiano Gey Espinheira
O sociólogo Gey Espinheira faleceu na noite desta terça-feira (17/3), no Hospital da Bahia, onde estava internado há dez dias, vítima de um câncer no esôfago. Pesquisador e professor da Universidade Federal da Bahia, Gey tinha uma estreita ligação com o m
Publicado 18/03/2009 16:34 | Editado 04/03/2020 16:20
Natural de Poções, no interior da Bahia, Carlos Geraldo D’Andrea Espinheira, 62 anos, era graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também se tornou mestre, e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente era pesquisador do Centro de Recursos Humanos e professor adjunto da UFBA.
Para o deputado estadual Javier Alfaya, Gey Espinheira era um exemplo de intelectual, que ia além das pesquisas teóricas. “Ele se preocupava em intervir para melhorar a vida da sociedade. Era também muito requisitado pelos movimentos sociais para falar, principalmente da questão do combate à violência. Ele fará uma enorme falta para todos nós”, lamentou.
As pesquisas de Gey tinham como principais temas: direitos humanos, violência, democracia, cidadania e educação. Líder do Grupo de Pesquisa “Cultura, cidade e democracia: sociabilidade, representações e movimentos sociais urbanos”, era autor de diversos livros e artigos, sendo o mais recente: “Os limites do indivíduo: mal-estar na racionalidade, os limites do indivíduo na medicina e na religião”.
Com o romance “Relógio da Torre” foi o vencedor no gênero na 2ª Edição do Concurso Literário Bahia de Todas as Letras da Editora, da Universidade Estadual de Santa Cruz. Em 2008, pela editora da EDUFBA, publicou Metodologia e prática do trabalho em comunidade e Sociedade do Medo. Nos últimos meses, Gey atuou, também, como consultor do Planejamento Estratégico Participativo de Ação do Centro de Formação do Projeto Axé.
Da redação local,
Com agências.