Articulações no PT gaúcho tentam evitar prévias
A reunião do diretório estadual do PT marcada para o próximo sábado, além de definir um calendário de atividades para este ano, vai fixar a data em que a sigla apresentará um candidato de consenso para disputar o governo do Estado nas eleições de 2010.
Publicado 22/03/2009 21:50 | Editado 04/03/2020 17:11
A ideia é realizar uma série de encontros pelo Estado que culmine em um evento no qual o candidato seja apresentado. Mas, pelo clima de disputa dentro do partido nas duas últimas semanas, os líderes que defendem o entendimento terão bastante trabalho pela frente.
Há cerca de uma semana, circula a informação de que o presidente estadual da sigla, o ex-governador Olívio Dutra, desistiu de disputar a indicação do partido. Olívio não confirma. Limita-se a dizer que, no momento, mais importante do que nomes, é o 'protagonismo da base partidária.' Petistas próximos a ele apressam-se a traduzir que Olívio não é candidato no momento, mas jamais se negaria a 'atender um chamado do partido'. Entre os que apoiam outros nomes, a interpretação é de que Olívio espera ser 'ungido' para a disputa.
A ambígua posição de Olívio traduz o movimento que o partido faz para evitar o isolamento nas eleições de 2010. 'Vários pré-candidatos têm afirmado que não se deve fazer prévias. A melhor maneira de evitar prévias é não apresentar candidaturas e trabalhar com as instâncias partidárias, abrindo mão de lançamentos individuais ou coletivos', explica o deputado estadual Raul Pont. 'Quando Olívio comunicou à executiva que não era candidato, percebemos que havia um acordo de cúpula montado', diz o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, que também se lançou na disputa. Ele integra a corrente Articulação de Esquerda, historicamente ligada a Olívio. 'A Articulação faz este movimento para mostrar que tem vários nomes e medir forças com os grupos que simpatizam com o ministro Tarso Genro', aposta um deputado petista.
FONTE: Correio do Povo