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Nova técnica permite laqueadura segura em dez minutos

Um moderno modelo de esterilização feminina acaba de ser validado por médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-SP). O método impede a chegada ao útero dos óvulos liberados pelos ovários, a exemplo do que faz a tradicional laqueadura. Mas, ao cont

O procedimento é tão simples que pode ser executado durante uma consulta de rotina ao ginecologista. Ele consiste na implantação de um dispositivo — à base de titânio e com aparência semelhante à de uma mola — em cada uma das trompas. A colocação promove um processo inflamatório no local.


 


A inflamação, por sua vez, gera uma fibrose e o consequente fechamento das trompas. “Esse processo leva até três meses para ser concluído”, explica o ginecologista Edmundo Baracat, do HC-SP. “Portanto, nesse período, a mulher deverá usar um contraceptivo.”


 


O especialista é um dos responsáveis pela pesquisa que validou a técnica de esterilização no Brasil. O procedimento foi testado em cinco mulheres durante um ano. Nesse período, elas tiveram acompanhamento clínico e passaram por exames de ultrassonografia para verificar, por exemplo, se o dispositivo havia migrado para outras regiões do corpo. “A técnica se mostrou segura tanto quanto os métodos tradicionais”, afirma.


 


A intervenção é usada nos Estados Unidos e na Europa — com sucesso — e há estudos internacionais atestando sua eficiência. No Brasil, essa espécie de laqueadura a jato recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deverá ser disponibilizada para aplicação nos próximos meses.


 


Por enquanto, a novidade só estará disponível na rede privada. “No entanto, trabalharemos para que seja incluída nos serviços da rede pública”, afirma Baracat. “Há muitos bons motivos para que isso ocorra.”


 


Fonte: IstoÉ