Movimento juvenil defende greve geral no Egito
Para marcar o aniversário de um ano de campanha nacional de boicote, o Movimento dos Jovens de 6 de Abril conclamou, nesta segunda-feira (23), uma outra greve nacional no Egito, marcada para abril, em protesto contra a inflação, a corrupção e a repress
Publicado 23/03/2009 19:14
Apesar da repressão violenta que se seguiu às manifestações do ano passado, os ativistas têm a esperança de que a nova manifestação seja vitoriosa.
Embora atos similares no ano passado não tenham mobilizado a multidão com o apelo para a greve geral, como pretendiam os seus protagonistas, os trabalhadores do setor têxtil da cidade de Mahallah (norte do Egito) já estão em greve há três dias. A repressão a esse movimento já fez um morto e uma centena de feridos.
Segundo fontes locais, aderiram à decisão de greve deste ano vários partidos e movimentos da oposição, tal como o ex-todo poderoso movimento Kefaya (Bastante).
Num comunicado sobre o anúncio da greve, os protagonistas indicam que “o principal problema que obstrui o desenvolvimento deste país e a criação de condições de vida decentes para a população é a corrupção e o despotismo instaurados pelo regime no poder”.
Eles estimam que o atual governo desperdiça recursos do país, desvia bens produtivos, exerce opressão política e falsifica sistematicamente os resultados eleitorais.
“É por esta razão que apelamos ao povo egípcio para participar nesta greve em todo o país no próximoa 6 de abril, como forma de protesto pacífico que, a nosso ver, é o único meio de trazer a mudança e a liberdade”, lê-se na nota dos grevistas, à qual o governo egípcio ainda não reagiu.