Guerra sem fim: EUA levam mais 4 mil soldados ao Afeganistão
Os Estados Unidos vão enviar mais 4 mil soldados ao Afeganistão, que se juntarão aos reforços já anunciados de 17 mil homens, aumentando o contingente para 57 mil. O objetivo da nova administração norte-americana, após sete anos de guerra, é a destruição
Publicado 28/03/2009 18:40
Segundo Obama, a situação é “cada vez mais perigosa” no país, e a região fronteiriça com o Paquistão é o lugar “de mais risco do mundo” para os norte-americanos. Segundo ele, a Al Qaeda encontrou um refúgio na zona fronteiriça para tramar novos atentados, por isso “a segurança de todo o mundo está em jogo”. A nova estratégia para a região, disse o presidente, vai se centrar também no Paquistão, porque “o futuro do Afeganistão está ligado ao de seu vizinho”.
O novo contingente de 4 mil homens vai treinar forças afegãs, que devem passar a contar com 134 mil soldados e 82 mil policiais. Obama disse que a nova estratégia será “mais firme, mais inteligente e exaustiva” e terá como meta “desativar, desmantelar e derrotar a Al Qaeda no Paquistão e no Afeganistão e impedir seu retorno a qualquer um desses países no futuro”.
O plano envolve ajuda econômica e cooperação internacional, além de aspectos militares e civis. Além disso, os EUA enviarão mais civis – especialistas em agricultura, engenheiros e educadores, entre outros – para “melhorar a segurança, a oportunidade e a justiça”, não só na capital Cabul, mas também no resto do território afegão, afirmou o presidente.
Paquistão
Segundo Obama, o Afeganistão conta com um governo eleito, mas “está minado pela corrupção e tem dificuldades em fornecer serviços básicos à sua gente”. A economia, ele disse, “está prejudicada pela explosão do tráfico de drogas, que incentiva a criminalidade e financia os insurgentes”.
O plano também diz respeito ao Paquistão, país vizinho do Afeganistão, que receberá mais dinheiro, mas deverá aumentar os esforços na luta contra os insurgentes e no respeito às instituições democráticas. O repasse de recursos será triplicado, chegando a US$ 1,5 bilhão por ano.
A Casa Branca também “pedirá aos outros que cumpram sua parte”. Na cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na próxima semana, solicitará “não simplesmente tropas, mas capacidades definidas claramente: apoio às eleições afegãs, treinamento das forçasdo país e um maior compromisso civil com o povo afegão”.
Obama anunciou também um novo grupo de contato, junto à ONU, para o Afeganistão e o Paquistão, que incluirá os aliados da Otan, países da Ásia Central e do Golfo, além de Irã, Rússia, Índia e China.
Da Redação, com informações do Operamundi.net