Coreia do Norte defende seu direito a pôr em órbita um satélite
A Coreia Democrática defendeu neste domingo (29) novamente seu direito a lançar ao espaço um satélite com fins pacíficos, com o fim de contribuir para a prosperidade do país e ao progresso da humanidade.
Publicado 29/03/2009 23:54
Um artigo do diário Rodong Sinmun, órgão do Partido do Trabalho da Coreia (PTC), comentou em sua edição dominical que alguns países têm posto em órbita milhares de satélites, mas o tema nunca foi discutido nas Nações Unidas.
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) recusou nas últimas semanas as ameaças dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul de promover penalização no Conselho de Segurança da ONU e também de aplicar medidas de represália unilaterais.
Pyongyang advertiu que qualquer pronunciamento do organismo internacional implicará a retirada da RPDC das negociações a seis lados e implicará o fim do processo da desnuclearização pactuado.
O rotativo norte-coreano opinou em seu artigo que o plano de Washington, Tóquio e Seul de apresentar o lançamento do satélite experimental à ONU é uma conspiração desprezível e uma farsa ridícula.
Se o tema fosse levado ao foro internacional, também teriam que ser apresentados a ele todos os outros países que enviaram satélites ao espaço, acrescentou Rodong Sinmun.
Os Estados Unidos e seus aliados na zona alegam que o lançamento, previsto para princípios de abril próximo, violaria a resolução 1718 do Conselho de Segurança, pois se disparará um foguete balístico de longo alcance.
O Pentágono mobilizou para as águas na península coreana não menos de cinco navios armados com mísseis interceptores, da mesma forma que tem feito o Japão com três modernos destruidores do tipo Aegis e Coreia do Sul, que despachou outro navio desse tipo.
As autoridades japonesas também ordenaram a seus militares a deslocação de suas baterias de mísseis Patriot-3 do centro do país para zonas do nordeste do arquipélago, por onde se supõe que cruze o foguete nortecoreano.
Fonte: Prensa Latina