Deputados divergem opiniões com relação à crise econômica

O líder do bloco PSB-PT-PMDB, deputado Welington Landim (PSB) defendeu, durante pronunciamento feito na sessão que discutiu a crise econômica, realizada na manhã desta quarta-feira (01/04), na Assembléia Legislativa, que é preciso procurar salvar os munic

“Já estamos vivendo a diminuição da arrecadação, redução de alíquota e queda do IPI e do consumo. Mas é preciso saber quais serão os reflexos da crise nos municípios, é preciso que haja um planejamento em torno disso”, comentou o parlamentar, acrescentando que é preciso questionar se haverá compensação do Governo Federal para os municípios. “E também precisamos saber como será feita essa compensação”, disse.


 


O deputado Artur Bruno (PT) ressaltou que o mundo “vive uma grande crise financeira e econômica e os países considerados emergentes deverão ter um crescimento mínimo no seu PIB”. Conforme Bruno, com a crise, “haverá diminuição de arrecadação nos governos estadual, federal e nas administrações municipais”.


 


Contudo, o deputado petista disse que “nenhum governo federal fez tanto pelos municípios como Lula”. Como exemplo, ele citou o aumento do percentual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que era de 22% e hoje é de 23,5%. Também citou a nova legislação do ISS, “que fez com que as prefeituras arrecadassem mais”; a implantação do Simples Nacional; e a criação do Fundeb.


 


Ainda na sua fala, Bruno disse à presidente da Aprece, Eliene Brasileiro, que a entidade, em nota técnica, publicou que precisa implementar um ajuste fiscal tentando equilibrar despesas. “Eu estou com a arrecadação das prefeituras e constatei que apenas seis ou sete estão com uma arrecadação razoável, a maioria quase não arrecada”, avaliou, acrescentando que os municípios precisam ter arrecadação própria e também “devem cortar despesas, como, por exemplo, diminuir terceirizados”, observou.


 


O deputado Lula Morais (PCdoB) afirmou que a crise é grave, de longa duração e não existe previsão para uma melhora na economia mundial. “A crise começou nos Estados Unidos, onde não havia uma produção real da economia e contaminou a economia real ao ponto de atingir empresas como a Panasonic, que fechou 27 empresas; e a GM, maior montadora de veículos do mundo, que teve de fechar cinco”, comentou.


 


Lula Morais disse que o Brasil está suportando a crise com menos dificuldade do que em outras épocas “porque, antes, não tínhamos o controle da economia”. Segundo o parlamentar comunista, “quem controlava o País era o FMI, que tomava conta do Ministério da Fazenda”, avaliou.


 


Em contrapartida, o líder do PSDB, deputado João Jaime disse que houve “um atraso para perceber que o Brasil vive uma crise igual a todos os países do mundo”. Para ele, agora se constata que a crise “não era uma marolinha, como dizia o presidente Lula”. O parlamentar ressaltou que “é preciso pressionar o Governo Federal, que deve partir para a prática”. João Jaime disse, ainda, não acreditar que a crise vai melhorar a partir de julho.


 


Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL