China não vai desistir de alternativas ao dólar
A China reiterou a proposta de diversificação do sistema monetário internacional. O presidente da China, Hu Jintao, pediu aos líderes do G-20 para “melhorar os mecanismos para controle de emissão de moedas de reserva”. Ele também pediu ao Fundo Monetár
Publicado 03/04/2009 12:20
Maior nação credora dos Estados Unidos, a China tem razões para temer os destinos de seus recursos diante do agravamento da crise norte-americana. Para tentar recuperar a economia, os Estados Unidos têm ampliado seu déficit fiscal e injetado liquidez em seus mercados financeiros, o que pode gerar inflação.
Isso corroeria os ativos em dólar mantidos pela China e aumentaria a pressão inflacionária doméstica. O temor é que os Estados Unidos possam desvalorizar o dólar, para encarecer suas importações e baratear suas vendas externas. O pedido de apoio ao G-20 por uma supervisão imparcial pelo FMI reflete em parte os pedidos de Pequim por uma maior monitoração das principais economias.
Papel dominante
Uma das críticas ao FMI é que o órgão tem focado as nações em desenvolvimento e não as ricas, tais como os Estados Unidos, onde a crise começou. Contudo, o comunicado do G-20 emitido ao final do encontro de cúpula não menciona a diversificação do sistema monetário internacional e a diminuição do papel dominante do dólar no comércio e investimentos, apesar dos pedidos da China e da Rússia.
Perguntado sobre a defesa feita, semana passada, pelo presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, pela criação de uma nova moeda de reserva, o primeiro-ministro do Reino Unido e anfitrião do encontro, Gordon Brown, alegou que isso “não levou a propostas detalhadas de ninguém”.
Com agências