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Movimento muçulmano junta-se à greve geral no Egito

O movimento muçulmano egípcio Fraternidade Muçulmana, apelou na quinta-feira a todos os egípcios para participar na manifestação da oposição prevista para 6 de abril, com o objetivo de iniciar uma greve geral no país.

A declaração vem dissipar os receios dos promotores da manifestação sobre a participação do poderoso grupo muçulmano na greve.



A declaração da Fraternidade Muçulmana apela a todos os cidadãos a juntar-se à greve nacional para protestar contra “as políticas do presidente Hosni Mubarak”, que dirige o país há quase 30 anos.



Na sua declaração, o grupo muçulmano “apela ao povo egípcio para que exprima em 6 de abril a sua ira e a sua objeção às políticas do regime, que dilapidou as riquezas do país, negligenciou a segurança nacional e fez o Egito perder o seu papel de líder e de pioneiro na região”.



Em abril de 2008, uma jornada de ação nacional causou confrontos na cidade industrial de Mahalla, deixando três mortos, cerca de 12 feridos e centenas de detenções, quando os habitantes exigiram melhores salários para fazer face à inflação galopante.



“As forças de segurança detiveram dois estudantes, Omneya Ahmed Taha e Sara Mohammed Rizk, na Universidade Kafr el Sheikh, por terem distribuído posteres e incitado os estudantes a participar na greve de 6 de abril”, revelou a Rede Árabe de Informações sobre os Direitos Humanos.