Agetransp diz que Supervia pode até perder concessão por agressões
A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes (Agetransp) afirmou que, em decorrência das lamentáveis cenas de violência ocorridas na manhã do dia 15, na estação de Madureira, já abriu processo para apurar os fatos. E diz ainda que, caso s
Publicado 15/04/2009 18:48 | Editado 04/03/2020 17:04
Segundo a Agetransp, o conselho recebeu uma comissão de ferroviários liderada pelo presidente do Sindicato, Valmir Lemos, que veio solicitar a colaboração da agência no sentido de abrir um canal de diálogo entre os ferroviários e a concessionária.
Nesta manhã (14), passageiros que embarcaram na estação de trem em Madureira, na Zona Norte, sofreram agressões físicas dos agentes da Supervia. Os seguranças usaram uma espécie de chicote e deram socos nos passageiros para que as portas das composições fossem fechadas, o que não ocorria por causa da superlotação.
Moradora do bairro de Bento Ribeiro, a aposentada Vera Lucia Gonçalves estava no trem no momento do incidente e presenciou as agressões. “Eu estava atrás de um menino que me empurrou para não apanhar de um dos seguranças. Eles [agentes] acham que a gente é sardinha e querem espremer todo mundo dentro do trem,” disse ela. Passageiros que costumam pegar o trem para ir trabalhar disseram que esse tipo de atitude por parte dos agentes são comuns nos horários de pico.
Os agentes da concessionária envolvidos nas agressões já foram demitidos da empresa. Além disso, um processo administrativo foi aberto para investigar o caso. As informações são do diretor de Marketing da Supervia, José Carlos Leitão.
A agressão dos seguranças aos usuários também é conhecida pelos vendedores ambulantes ilegais, que atuam escondidos dentro dos vagões. Quando descobertos, a mercadoria é apreendida e o vendedor é retirado da composição, muitas vezes de forma violenta.
O sistema encontra-se superlotado e com longos atrasos, por conta da greve dos ferroviários, que dura três dias.
Com informações da Agência Brasil