Epidemia de hepatite B e Malária ameaça indígenas em Tapauá
A indígena Joabe Aidem Pereira,27, conselheira da Organização Indígena do Núcleo Médio e Baixo Purus-(OIMBP), procurou ontem, o presidente da Comissão Indígena Permanente da Assembléia Legislativa do Estado
Publicado 17/04/2009 17:55 | Editado 04/03/2020 16:12
A epidemia de malária que toma conta do povos indígenas Denis, Apurinãs e Banauás, que moram nas comunidades de São João Taumirim e Baquadí, no rio Cunhuá no município de Tapauá. Ela lembra que tanto a hepatite quanto a malária atacam diretamente o fígado, e a associação dos dois problemas tem enfraquecido a população e lavado a um alto índice de mortes.
Joabe denunciou também a péssima situação em que se encontra Casa de Apoio à Saúde do Índio – Casai que funciona no município de Tapauá está em péssimas condições de funcionamento e que recebe índios de toda a região para tratamento. A estrutura da Casa de Saúde é antiga. Os abrigados convivem com colchões e camas velhos, banheiros coletivos (para homens, mulheres e crianças) sujos e desgastados. Mas o maior problema é a falta de limpeza, porque o material acabou. O mais grave é que eles vivem juntos tanto os que estão com saúde como os que estão doentes.
Outro fato que chamou a atenção foi a denuncia feita pela conselheira da OIMBP, que lá dentro do rio Purus existe uma etnia que ainda andam nua, cujo pai, um pajé ao ver a filha se matar depois de vários dias com dor de dente, resolveu também por fim em sua própria vida. Ela lembra que isso faz parte da cultura dessa etnia, e é um fato comum entre esses povos.
O deputado José Lôbo já solicitou a presença de representantes da Funasa no Plenário Ruy Araújo da Assembléia Legislativa para prestar esclarecimento sobre o trabalho de atendimento à saúde dos povos indígenas do Amazonas, porém até o momento ainda não obteve sucesso em sua reivindicação. Mas, garantiu que agira com todo rigor para obter esses resultados.
De Manaus,
Jerson Aranha
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