Roberto aprova projeto que obriga tradução de propaganda em outros idiomas
O projeto do vereador do Rio, Roberto Monteiro (PCdoB), aprovado no dia 16, determina que toda propaganda que exibir palavras estrangeiras deve obrigatoriamente constar, no mesmo tamanho, a tradução.
Publicado 17/04/2009 20:07 | Editado 04/03/2020 17:04
Para Roberto Monteiro, além de valorizar o idioma nacional, a nova lei é democrática, “ao permitir que mesmo as pessoas que não dominem um segundo idioma possam ter acesso às mensagens publicitárias, que muitas vezes não escondem um ranço elitista e preconceituoso, ao pretender impor a obrigação de se falar outra língua que não a língua oficial do nosso país”.
O projeto também reforça o que determina o Código de Defesa do Consumidor, aprovado desde 1990. Segundo o artigo 31, “a oferta e a apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”.
Mais segurança no Rio
No mesmo dia, um segundo projeto do vereador do PCdoB foi aprovado. Este visa facilitar a identificação de profissionais de segurança que prestam serviços em casas noturnas, bares e restaurantes. Agora, todos esses profissionais deverão portar um crachá com nome completo e legível, foto, cargo que ocupa e nome da empresa responsável se for o caso de segurança terceirizada.
Caso as empresas não cumpram o que é determinado no projeto estão sujeitas à multa e até a cassação do alvará. “Este projeto é mais um esforço no combate à violência na nossa cidade, obrigando que os estabelecimentos tenham responsabilidade direta sobre os profissionais que prestam serviço de segurança e que muitas vezes são desqualificados para a função. Frutos deste despreparo são as constantes tragédias que resultam até em mortes, e nesses casos o estabelecimento comercial sempre tenta fugir de sua responsabilidade o que, com a aprovação desta lei, vai ficar mais difícil”, afirma o vereador Roberto Monteiro.
Os dois projetos vão agora para o Poder Executivo que tem 30 dias para sancioná-los ou vetá-los.