O que é “ser indígena no RN”?
Antes, todo dia era dia de índio, hoje, eles têm uma semana para serem lembrados pelos desmemoriados caras pálidas – na verdade, nem tão pálidas assim: somos resultado de uma mistura multicor branca, negra, vermelha e amarela – podem até espernear com
Publicado 19/04/2009 22:29 | Editado 04/03/2020 17:08
Para reforçarmos essa ligação com nossas origens, o Museu Câmara Cascudo – em parceria com o Grupo Paraupaba – realiza a exposição “Ser indígena hoje no Rio Grande do Norte”, em cartaz a partir da próxima semana (de 23 a 30 de abril). Na programação, apresentações culturais de remanescentes indígenas, exposição fotográfica, exibição de vídeos com temática indígena, exposição de objetos e debate norteado pelo tema “Da invisibilidade à conquista dos direitos indígenas no RN”.
A pesquisadora Jussara Galhardo, uma das coordenadoras da exposição, informou que parte da Mostra é resultado de sua pesquisa como Antropóloga junto a comunidade Mendonça do Amarelão, situada na região do Mato Grande em João Câmara. “Iniciei esses estudos 2000, quando participei da pesquisa Cultura, Identidade e Representações Sociais, na base de Antropologia do Curso de Ciências Sociais da UFRN. Temos muita informação sobre a presença dos índios no RN e é fundamental a presença e o interesse do público para multiplicarmos os resultados dessas pesquisas”, disse a coordenadora.
Mestre em Antropologia pela UFPE – ela explicou que até 2005 ainda não havia mestrado nessa área na UFRN – Jussara Galhardo trabalha no Museu Câmara Cascudo como pesquisadora. Também integra a Comissão Pedagógica da instituição e é responsável pelo acervo indígena do Museu. “Inicialmente a exposição só permanecerá em cartaz durante a Semana do Índio”, informa. A entrada é franca.
Programação
. Exposição Fotográfica;
. Exibição de Vídeos (das 9h às 11h e das 14h às 16h) no auditório do MCC;
. Exposição de artefatos e adornos do projeto “Motyrum-Caacu: unidos pela arte” – Comunidade Indígena Mendonça de Amarelão (João Câmara – RN);
. Dia 23:
. 13h30 – Abertura com apresentação da Dança do Toré, com a comunidade indígena do Eleotério (Canguaretama – RN);
. 14h30 – Mesa-redonda: “Da invisibilidade à conquista dos direitos indígenas no RN”, no auditório do MCC. Coordenada pela Profa. Dra. Julie Cavignac (NCCEN/UFRN).
por Yuno Silva – de Natal