Seminário analisa economia asiática

Será aberto na manhã desta quinta-feira (23/04) o Seminário Brasil-Ásia: Estudos Avançados e Parceria Estratégica, no auditório do Pavilhão de Aulas III, Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia. “A Ásia e, sobretudo, o leste e o sudeste asiático

A China, por exemplo, tornou-se o principal parceiro econômico brasileiro desde que os EUA impuseram barreiras econômicas às importações, fechando as portas do mercado norte americano ao intercâmbio global de produtos e serviços. Somente no primeiro trimestre deste ano, as exportações com destino à nação chinesa subiram 63%, e a corrente de comércio (exportações mais importação) ultrapassou a marca dos R$ 7 bilhões.


 


A troca de experiências com os chineses se estende também ao campo social. Desde o último domingo (19/04), uma delegação do governo chinês desembarcou na capital baiana para promover o intercâmbio de experiências em programas de combate à pobreza. A agenda ainda inclui visita aos municípios de Tucano, Ribeira do Pombal, Cipó e Conceição do Coité para conhecerem as ações Programa de Combate a Pobreza Rural – Produzir.


 


Diante da forte aproximação comercial entre o Brasil e as nações do outro lado do Oceano Atlântico, a busca por mais conhecimentos acerca do modo de vida e de produção do Oriente torna-se ainda mais evidente; daí a importância do Seminário. “Existem dois motivos muito fortes para avançar na busca de conhecimentos sobre a Ásia: o papel atual de ascensão e força econômica de alguns países, destacadamente China e Índia. E, em segundo lugar, essa redescoberta do passado de hegemonia econômica, política e cultural da Ásia em contraste com o ocidente”, define Souza.


 


O seminário será aberto com pronunciamento do reitor da UFBA, Naomar Almeida. Em seguida, o Cônsul-Geral da República Popular da China no Brasil, Li Baojun, ministra palestra sobre “A parceria estratégica e a cooperação cultural entre o Brasil e a China”. A programação matutina ainda inclui explanações do subsecretário-geral de Assuntos Políticos II do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Roberto Jaguaribe (“O Brasil e o mundo asiático no atual contexto das relações internacionais e da crise econômica global”; e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo – ANP, Haroldo Lima (“Matrizes energéticas, Ásia e Brasil e o pré-sal).


 


À tarde, o pesquisador em Relações Internacionais do Brasil Contemporâneo, Henrique Altemani, dá início ao ciclo de debates com o tema “Alguns aspectos teóricos e metodológicos do campo de Estudos Asiáticos: concepções, debates e linhas de pesquisa. Na sequência, o professor da Universidade de Brasília, Lytton Guimarães, fala sobre “A estruturação, a experiência e a perspectiva de ensino e pesquisa do Núcleo de Estudos Asiáticos. Encerrando a programação, o professor do Instituto Brasileiro de Estudos de China e Ásia-Pacífico, Severino Cabral, expõe sobre “A trajetória e as perspectivas do Centro de Estudos Afro-Asiáticos (Ceaa/Ucam) do ponto de vista das relações com o Leste Asiático (China, Japão e Coréia do Sul).


 


De Salvador,


Camila Jasmin