Audiência Pública debate violência nas escolas em BH
O número de casos de violência dentro das escolas públicas de Belo Horizonte aumenta a cada ano. De acordo com o último estudo divulgado pela Secretaria de Defesa Social mostra que entre os anos 2006/2007 houve um aumento de 40% nos casos de violência
Publicado 29/04/2009 16:34 | Editado 04/03/2020 16:51
Em pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, mostra que de 751 professores da rede pública, 74% vivenciaram algum episódio de violência envolvendo alunos. No dia 16 de abril deste ano, um aluno da Escola Municipal Professor Moacir de Andrade, arremessou a tampa de uma carteira na professora e ateou fogo em seus cabelos. Casos como esse ocorrem frequentemente, mas nem todos são denunciados à polícia.
Para tentar diminuir esses números algumas iniciativas já estão colhendo bons resultados. O Proerd (Programa Educacional de Resistência Às Drogas e À Violência) da Polícia Militar está presente nas principais capitais brasileiras, onde o índice de violência nas escolas é alto. O objetivo do programa é conscientizar e buscar estratégias para reduzir o índice de violência com ações que unem os pais, professores e alunos de escolas públicas e particulares. Outro programa é o projeto “Escola Viva, Comunidade Ativa”, que abre as portas da escola aos alunos nos finais de semana, promovendo cursos e atividades de lazer visando aproximar comunidade e escola para melhorar o rendimento escolar dos alunos e trazer a família para dentro da escola.
Com o intuito de buscar soluções para esse problema, a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereadora Maria Lúcia Scarpelli fará uma audiência pública sobre o tema, dia 30 de abril, a partir das 11 horas, no plenário Amintas de Barros, Av. dos Andradas, 3.100 – Santa Efigênia.
Estarão presentes o secretário Municipal de Educação, Macaé Maria Evaristo; a secretária de Estado de Educação de Minas Gerais, Vanessa Guimarães Pinto; representante do Juizado da Infância e da Juventude, Marcos Flávio Lucas Pádula; o Comandante de Policiamento da Capital – PMMG, Cel. Nilo Sérgio da Silva; o Comandante da Guarda Municipal Patrimonial de Belo Horizonte, Coronel José Martinho Teixeira; o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais – SINPRO, Gilson Luiz Reis; a presidente da União da Juventude Socialista – UJS, Vivienne Xavier; o presidente da União Colegial de Minas Gerais – UCMG, Fábio Nascimento; o vice-presidente da União Colegial de Minas Gerais – UCMG, Bruno Moreira; a diretora da Escola Municipal Luiz Gatti, Elizabeth Regina C. V. Monken; o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício de Oliveira Campos Jr, o presidente da Federação das Associações de Pais e Alunos de Escolas Públicas de MG – FAPAEMG, Mário de Assis e a Diretoria Colegiada do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte – SINDI-REDE.
De Belo Horizonte,Gabriela Porto