Battisti afirma que será assassinado se for extraditado
Um grupo de deputados federais que integram a Comissão de Direitos Humanos da Câmara visitou o escritor italiano Cesare Battisti, na penitenciária da Papuda, em Brasília, e ouviu dele que sua extradição poderá ser também sua sentença de morte na Itália
Publicado 29/04/2009 15:47
O governo brasileiro concedeu status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti em janeiro deste ano. A decisão provocou reações da Itália, que pediu a extradição do ex-ativista de esquerda acusado de quatro crimes no país.
Deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara visitaram Battisti na terça-feira (28). O deputado Domingos Dutra (PT-MA), que integrou a comitiva, disse que o italiano está sob estresse muito grande, mas esperançoso de que o Supremo Tribunal Federal confirme a decisão do governo brasileiro.
Battisti foi preso preventivamente no Brasil, em abril de 2007, e segue detido na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, à espera da decisão do STF sobre o processo de extradição, após a concessão do refúgio pelo governo brasileiro, no dia 13 de janeiro. Dois dias depois, a defesa de Battisti entrou com uma petição no STF para que o tribunal autorizasse a saída do italiano da prisão.
Dutra informou que, segundo relato de Battisti, os agentes que comandam o sistema penitenciário italiano teriam feito um manifesto condenando o ex-ativista. “Há um receio muito grande de que, se o Supremo determinar a extradição, ele seja assassinado na Itália”, disse o deputado.
Com informações da Agência Estado