PCdoB/RJ convoca militantes para o 1º de maio na Quinta da Boa Vista
O 1º de maio deste ano será comemorado unitariamente por seis centrais sindicais no Rio de Janeiro – CTB, CUT, CGTB, UGT, Força Sindical e NCST, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão. O PCdoB/RJ convoca todos os seus militantes para participarem deste
Publicado 29/04/2009 21:14 | Editado 04/03/2020 17:04
O Partido estará presente a partir das 14hs no local. Além do ato político, o 1º de maio terá shows com Beth Carvalho, Dudu Nobre, Diogo Nogueira, Dona Ivone Lara, Monarco e Dominguinhos do Estácio.
Veja abaixo a nota da CTB-RJ para o 1º de maio:
Mobilização para barrar as demissões
A conjuntura política mundial e nacional segue tendo como centralidade o enfrentamento dos efeitos da crise capitalista contemporânea. Os governos das principais economias mundiais, capitaneada pela estadunidense, investem trilhões de dólares para resgatar o sistema financeiro e garantir a sobrevivência do ideário capitalista.
Entretanto, com a cumplicidade dos governantes, os patrões tratam de jogar o ônus da crise sobre os assalariados, demitindo em massa, reduzindo salários e intensificando a precarização das relações de trabalho.
No Brasil, aqueles que disputam uma saída conservadora para a crise em desenvolvimento o fazem refugiando-se nos cofres públicos, conseguindo canalizar bilhões de reais às suas atividades econômicas. Ao mesmo tempo, pressionam para que a política macroeconômica do governo continue no seu rumo conservador, sobretudo pela continuidade da escandalosa taxa de juros, dos spreads bancários e o superávit primário.
O governo Lula adota decisões setoriais importantes ampliando investimentos públicos estratégicos, como o projeto para a construção de 1 milhão de residências populares, um sinal de que o pensamento em prol do desenvolvimento econômico vem ocupando relativo espaço político no Palácio do Planalto.
Todavia, tais medidas não vêm acompanhadas de maiores garantias à classe trabalhadora brasileira, de contrapartidas sociais, particularmente da manutenção e ampliação de postos de trabalhos cobrada pelo movimento sindical. Falta a devida convicção de que o enfrentamento da crise requer, prioritariamente, a preservação e expansão do nível de emprego e a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras, o que contribuirá para estimular o mercado interno, o consumo, o comércio e a produção.
No estado do Rio de Janeiro, os trabalhadores foram duramente atingidos pela onda de demissões. O setor siderúrgico foi o primeiro a cortar. Na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foram cerca de 1.300 demitidos. Na Vale do Rio Doce foram mais de 2 mil. No setor automotivo, Forja Brasileira demitiu quase 200 trabalhadores. A Peugeot/Citroen e a Volkswagen, apesar do imenso volume de incentivos fiscais, também entraram na onda das demissões.
A indústria naval, que vem crescendo em todo país (como PE, RS, BA e ES), aqui está em processo de redução, a exemplo dos antigos estaleiros Ishibrás (atual Sermetal), onde a maioria dos trabalhadores foram demitidos, e Caneco (atual Rionave), que está há cerca de três anos aguardando leilão.
Apesar de ter um papel fundamental no processo de desenvolvimento econômico da região, o governo estadual ocupa um lugar de mero espectador da crise, não exercendo a liderança essencial para a defesa da indústria necessária para barrar as demissões. Nem dialoga com os outros agentes, nas mais diversas esferas, que estão lutando na defesa de mais investimentos.
A vitoriosa experiência das manifestações do dia 30/03/09 (que integraram uma jornada internacional de luta em defesa da classe trabalhadora contra a exploração, liderada pela Federação Sindical Mundial) revelou que a unidade entre as centrais sindicais brasileiras é o caminho para enfrentar as chantagens do capital e as dubiedades do governo federal e estadual.
Com o intuito de ampliar a mobilização, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB – propõe que imediatamente após as manifestações do 1º de Maio as centrais sindicais, em aliança com os demais integrantes dos movimentos sociais, construam uma MARCHA EMERGENCIAL EM BRASÍLIA PELO EMPREGO, levantando bandeiras e descortinando caminhos que aglutinem o conjunto do movimento.