Deputado comunista lamenta pressão da Coelce para que AL não crie CPI

Lula Morais ressaltou que a diretoria da Coelce estaria argumentando que juridicamente não seria possível à Assembléia fazer a investigação. No entanto, para o deputado, se a Assembléia teve competência para autorizar a privatização da companhia, tem também para investigar sua atuação, sobretudo porque a Coelce presta um serviço público no âmbito do estado. Além disso, Lula Morais lembrou que no estado de Pernambuco, por exemplo, houve uma tentativa mal sucedida de barrar uma CPI.

Outro aspecto citado por Lula Morais em sua fala foi a ação civil pública impetrada pela OAB-CE questionando o reajuste médio de 11,25% na energia elétrica. Um dos argumentos usados pela OAB-CE na ação reforçado por Lula Morais é de que a energia repassada pela Coelce é comprada da Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF), empresa do mesmo grupo e que não gera nada de energia. A CGTF, por sua vez, compra energia mais barata no mercado e repassa por um preço três vezes maior aos consumidores.

“A CGTF gastou R$ 183 milhões com a compra de energia elétrica no mercado, já que não gera nada de energia, e lucrou R$ 532 milhões, um valor que representa quase três vezes do custo com a aquisição, pago pela Coelce, indo buscar no nosso bolso esse lucro, através da tarifa”, criticou Lula. O deputado completou dizendo que no mercado há energia mais barata e a Coelce prefere comprar energia mais cara de uma empresa do seu mesmo grupo. “Tem um produto mais barato e a Coelce compra a mais cara, é inconcebível”, disse.

Fonte: Assessoria do Deputado Lula Morais