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Indústria de SP amarga seu pior trimestre

No acumulado de janeiro a março, a atividade da indústria paulista (INA) mostrou recuo de 14,9%, o pior resultado para o período na série elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que teve início em 2003. Em 12 meses enc

A pesquisa, divulgada nesta terça-feira, registrou uma pequena recuperação no mês de março na comparação com fevereiro — o INA subiu 0,5% no resultado com ajuste sazonal. No levantamento sem ajuste, o aumento foi bem maior e atingiu 10,4%. Já na comparação com março do ano passado, o INA teve queda de 13,1%.
 


A Fiesp divulgou também a revisão dos resultados da atividade industrial em fevereiro. Sem ajuste sazonal, o resultado foi de -1,1% (antes, o resultado anterior de 1,1%). Com ajuste sazonal a indústria recuou 1,7% (contra 0,8% divulgados antes). Nas vendas reais, porém, houve aumento de 5,6% em março, na comparação com os mesmo mês de 2008 e 18,7% contra fevereiro deste ano. No primeiro trimestre, as vendas avançaram 0,7%, sobre o mesmo período de 2008. 


 


Produção


 


“Houve queima de estoques. Não se pode dizer que é uma tendência de recuperação”, ressalva o consultor econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Para ele, o aumento da demanda por crédito pessoal e crédito consignado, após o incentivo dos bancos estatais, é positivo. Mas adverte que os consumidores podem estar antecipando compras para aproveitar o desconto no Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e, recomenda aguardar o segundo semestre.



 
O economista do Dieese Paulo Jager concorda com ele, ressalvando que, diferentemente da maioria dos países, a crise no Brasil atingiu primeiro a produção. “Houve uma parada brusca. As empresas ficaram sem crédito e acharam que não teriam para quem vender. Porém a massa salarial está maior que ano passado, inclusive por causa do aumento do salário mínimo. E o crédito agora melhorou um pouco”, disse.
 


A informação é do Monitor Mercantil