Chico Lopes: “Dia do Trabalho é de reforço na luta contra a crise e pelo avanço nas conquistas”

Pela manhã, Lopes estará presente à Barra do Ceará, um dos mais belos cartões-postais da capital cearense, bairro de grande concentração de trabalhadores e de tradição de luta operária. Na seqüência, Chico participará das atividades que acontecem na Praça do Ferreira, marcando o dia dedicado a homenagear a luta de quem trabalha para viver. Ao final da tarde, Lopes cumpre agenda no município de Maracanaú.

Lembrando que esse é o primeiro Dia do Trabalho a ser transcorrido no contexto da atual crise econômico-financeira que preocupa o planeta, Lopes ressalta o bom trabalho do Governo Federal na condução dos rumos do País em meio a esse cenário atribulado. Mas lamenta que o corte da taxa básica de juros, anunciado pelo Copom esta semana, se tenha limitado a um ponto percentual. E relaciona a condução da política econômica aos desafios do trabalhador brasileiro na atualidade.

“Sabemos o quanto é difícil a luta por efetivas políticas públicas que conduzam ao desenvolvimento. A nossa batalha pela queda dos juros não é à toa. Precisamos, neste momento, de tudo que possa ajudar a gerar mais emprego, renda, desenvolvimento. Desestimular o capital especulativo e incentivar o investimento na produção é parte fundamental desse esforço”, ressalta Lopes.

“Compreendemos inclusive a necessidade do socorro governamental a empresas de alguns setores estratégicos. Mas lembramos que isso tem que se dar sempre com a garantia de que essas empresas não cortarão vagas, que não haverá desemprego. O trabalhador não aceita pagar a conta de uma crise que não foi ele quem criou”.

Avançar na luta: redução de jornada

Chico Lopes destaca ainda que o contexto da crise internacional não pode servir de argumento para se deixar de lado uma das mais necessárias frentes de luta do atual momento: a redução da jornada de trabalho, o que geraria efeitos imediatos tanto em aumento de qualidade de vida para o trabalhador, quanto em criação de novas vagas e movimentação da economia.

“Não podemos jogar na retranca. O jogo é duro, e sabemos que é preciso muita luta para manter os empregos, sem redução de salários, nem férias coletivas. Mas não é por isso que vamos ficar sempre na defensiva. Precisamos partir pro ataque, reforçar a idéia da jornada de 40 horas como um futuro inevitável, uma medida justa e benéfica para toda a sociedade”, defende o parlamentar.

“Mesmo com os estragos deixados pela crise e com as conquistas recentes do trabalhador, como o aumento real do poder de compra do salário mínimo no Brasil, os lucros dos grande empresariado ainda são proporcionalmente muito superiores às vitórias da classe trabalhadora. Temos espaço para avançar nas conquistas, e não podemos perder de vista essa disposição”.
 
 
Fonte: Ass. Imprensa – Dep. Fed. Chico Lopes – PCdoB-CE