Fidel no 1º de Maio: Cuba não voltará a ser escravo dos EUA
O líder cubano Fidel Castro afirmou nesta sexta-feira, 1º de Maio, Dia Internacional dos Trablhadores), que o governo de Barack Obama está disposto a perdoar Cuba se a ilha retornar ao ''curral como escravos'', mas advertiu que o país ''jamais'' se entreg
Publicado 01/05/2009 21:54
''Hoje estão dispostos a nos perdonar se nos resignarmos a voltar ao curral como escravos que, depois de conhecer a liberdade, aceitaram de novo o chicote e o jugo'', afirma Fidel Castro em um artigo publicado por ocasião do 1º de Maio.
''Jamais, no entanto, o adversário deve ter a ilusão de que Cuba se renda'', destaca no comentário, publicado com o título ''O dia dos pobres do mundo''. Fidel Castro afirma ainda que em meio século ''era inevitável o confronto da grande potência do Norte e da Revolução Cubana. A heróica resistência do povo de nosso pequeno país foi subestimada''. Fidel, 82 anos, quase três deles afastado do posto de presidente do país, completa no texto que ainda não pode ter uma última palavra sobre o governo de Barack Obama.
Marcha do Dia do Trabalhador
O desfile comemorativo do 1º de Maio em Cuba lembrou também os 50 anos da Revolução e o ''compromisso com o socialismo'', comandado pelo Partido Comunista. Dezenas de milhares de cubanos repetiram a tradicional marcha na Praça da Revolução de Havana, com cartazes de apoio ao governo e slogans como ''trabalhar e ser mais eficiente''.
O presidente Raúl Castro falou no ato principal, no qual o secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC),Salvador Valdés, saudou a ''decisão irrenunciável'' de construir o socialismo.
''Alcemos nossas bandeiras e nossas vozes para que ressoe de um polo ao outro do planeta, de um continente ao outro, a decisão irrenunciável deste extraordinário e combativo povo de construir o socialismo sob a direção do Partido Comunista de Cuba, de Fidel e Raúl'', louvou Valdés em seu discurso.
No discurso anterior à marcha, o secretário-geral da CTC conclamou os trabalhadores cubanos a aumentarem a produção, contribuir na redução de custos e fazer crescer as exportações e diminuir as importações, em um país que importa 80% dos alimentos consumidos por seus 11 milhões de habitantes.