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SP: Bigardi integra Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba

O ato de lançamento da Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba realizada nesta quinta-feira, 29, no auditório Franco Montoro na Assembleia Legislativa de São Paulo reuniu políticos, militantes partidários, autoridades, além de jovens em busca de conhec

Na entrada da Assembleia fotos de Cuba anunciavam, que naquele dia, um pouco de Cuba estaria presente na Casa. No auditório Franco Montoro as fotos dos prisioneiros cubanos na parede, cartazes com a foto de Che Guevara, homens com barba – a marcante característica do herói cubano –, as belas músicas latinas cantadas pelo músico Pedro Munhoz somados aos discursos feitos em solidariedade ao país remetiam o público à reflexão sobre Cuba e seu povo.



 
A concentração era total aos ensinamentos passados naquela noite. “Ouvir cônsul de Cuba no Brasil, Carlos Trejo, e a ativista política Clara Scharf foi uma verdadeira aula sobre esse país e sobre socialismo”, afirmou o deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB) que integra a Frente Parlamentar.



 
O silêncio do local era quebrado apenas pelos aplausos ou pelo coro entoado: “Cuba sim, bloqueio não”. O cônsul geral de Cuba no Brasil, embaixador Carlos Trejo Sosa, agradeceu ao apoio dos parlamentares. “Agradecemos a iniciativa da Frente Parlamentar e trago comigo os agradecimentos do povo mais solidário do mundo”.



 
Trejo citou que mesmo após 50 anos da Revolução Cubana a luta continua. “A base de Guatânamo ainda não foi devolvida a Cuba, a prisão não foi fechada, precisamos continuar na luta contra o bloqueio, o povo cubano é o povo mais sofrido, sem direito a comercializar com outros países, por isso a luta continua pela independência absoluta”, diz ele se referindo ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. Em 1999, o embargo comercial foi ampliado às filiais estrangeiras de companhias dos EUA.



 
O cônsul cubano afirma que o bloqueio afeta as negociações com qualquer país do mundo, inclusive o Brasil. “Uma conta do Consulado Cubano foi fechada no Brasil porque o banco foi vendido a uma instituição bancária dos Estados Unidos”, exemplificou.



 
Carlos Trejo também citou a importância do Brasil na luta pela “revolução da América Latina”. “O Brasil é nosso irmão, o irmão com mais condições que possui um povo inteligente e solidário”.



 
Em discurso emocionado a ativista política Clara Scharf lembrou dos anos que viveu em Cuba exilada. “Cuba recebeu todos os exilados políticos, foi nossa mãe. O maior sentimento revolucionário não pode ser esquecido, o povo cubano sempre apoiou a revolução e luta até hoje por ela”, falou.


 


Clara destacou o grau de conhecimento dos cubanos e a solidariedade com os outros países. Apenas para o Brasil, o governo de Cuba disponibiliza 100 bolsas de estudos na ELAM (Escola Latino-americana de Medicina), em Havana, capital do país.


 


 
Também estiveram presentes à atividade, o Secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, o vereador da capital Jamil Murad e o dirigente estadual Gilmar Tadeu Ribeiro Alves.
 


 


De São Paulo,
Eliane Silva Pinto
Foto: página da Alesp