Triste e preocupante Primeiro de Maio para os trabalhadores
O 1o. de Maio começou mais cedo para o movimento sindical amazonense. Dia 30, A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Única dos Trabalh
Publicado 01/05/2009 18:23 | Editado 04/03/2020 16:12
O conteúdo da carta divulgada tem como mote central o cenário de crise econômica vivida mundialmente. A manutenção dos empregos e o desenvolviemento do país são os eixos-chaves. Além disso, reafirmam a contrariedade em relação a política econômica implementada pelo Banco Central, que mantém a taxa de juros elevada e acarreta menos investimentos para o setor produtivo.
De acordo com o presidente da CTB-AM, Valderli Cunha, o Dia do Trabalhador ocorre num tom fúnebre. “Os trabalhadores estão de luto nesse 1o. de Maio. Há muita tristeza. Os efeitos da crise atingiram o Pólo Industrial de Manaus (PIM) e houve uma perda de mais de 40 mil postos de trabalho, sendo 30 mil apenas no setor dos metalúrgicos”, constata, dizendo ainda que para cada 1 emprego direto perdido, há outros indiretos, como o dos vigilantes, o do setor de conservação que também se perdem.
O caráter sistêmico do declínio econômico é outro ponto destacado pelos líderes sindicais. “Parece haver uma ação orquestrada de punição aos trabalhadores. Porque diariamente aumenta o desemprego em Manaus, a Prefeitura da cidade contingencia 30% das verbas de todas as secretarias e, ainda, validam a redução da meia passagem”, afirma a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM), Ísis Tavares.
Os efeitos já assumidos pelos trabalhadores é desastroso. “O empresariado nunca dividiu o lucro com os trabalhadores e agora nos punem com os efeitos da crise. Já notamos um desaquecimento da economia interna e o aumento da má qualidade de vida”, diz Valderli. “A educação está o caos. Existem escolas municipais que não funcionam por falta de gás de cozinha, que impede o cozimento de alimentos a serem servidos aos estudantes”, acrescenta Ísis.
Apesar dos esforços do governo federal em apresentar medidas que venham a atenuar as consequencias assumidas pelos trabalhadores, a contrapartida da esfera estadual e municipal ainda não está a contento. “Verifica-se uma falta de habilidade dos governos estadual e municipal. A nível estadual ainda se apresenta algumas medidas, mas não são ampliadas. Por exemplo, ainda não fomos recebidos para discutir saídas à educação”, problematiza Ísis.
Apesar disso, a atuação do movimento sindical está em ritmo muito lento. “Estamos organizando assembléias para pressionar e vamos lançar a Frente Ampla em Defesa da Educação, aglutinando outros setores do movimento social e esperando a adesão de vereadores e deputados. Com atuação voltada aos sindicatos que são filiados em sua entidade, os dirigentes da CTB dizem que estão sendo criados várias mesas de negociação que, porém, não avançam.
De Manaus,
Anderson Bahia
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