Senadores Tuma e Efraim terão que depor sobre suposto desvio
Os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Moraes (DEM-PB), além do ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia, serão ouvidos no processo de investigação conduzido pela Polícia do Senado que apura desvios de recursos nos contratos com instituições bancárias
Publicado 03/05/2009 20:44
A declaração de Zoghbi e da mulher dele, Denise, foi feita à revista Época. Nela, o casal afirmou que as irregularidades estariam em contratos de diferentes setores como comunicação social, transporte, segurança e taquigrafia. Eles insinuaram, ainda, a participação de dois senadores que já comandaram a 1º Secretaria da Casa, a quem Agaciel Maia era subordinado: Tuma e Efraim Moraes. À revista, os dois parlamentares negaram as acusações.
Zoghbi responde a duas sindicâncias, além do inquérito policial, porque, segundo outra reportagem da Época, mantinha três empresas no nome de Maria Izabel Gomes, que trabalhou como babá para sua família. Essas empresas teriam faturado cerca de R$ 3 milhões somente em contratos fechados com o Senado. Ele alegou que as empresas pertencem aos seus filhos, mas que foram registradas no nome de Maria Izabel porque é “proibido a servidores públicos ser donos de empresas que negociam com órgãos públicos”.
“Todo mundo que está citado mais cedo ou mais tarde terá que ser ouvido. Apesar de (Tuma e Efraim) terem foro privilegiado, eles também serão ouvidos”, afirmou Araújo. Ele Acrescentou que vai cobrar de Zoghbi a apresentação de provas de todas as acusações feitas na entrevista. “Quando formos ouví-lo vamos pedir as provas do que ele falou à Época. Ninguém é louco de fazer uma acusação dessas sem ter provas”, disse o diretor.
A Polícia do Senado trabalha ainda no levantamento dos documentos sobre a forma como foram feitos os contratos com as instituições bancárias para saber o mecanismo de funcionamento do esquema administrado por João Carlos Zoghbi.
O diretor pretende iniciar, já na próxima semana, a fase de depoimentos. Na segunda-feira, ele vai se reunir com os responsáveis pela investigação para analisar de que forma a Polícia do Senado atuará a partir das denúncias feitas por Zoghbi. Além disso, todos os gestores de contratos de concessão de empréstimo consignado serão ouvidos.
Mais cedo, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), determinou que todos os contratos feitos entre o Senado e 38 instituições bancárias que exploram o serviço de crédito consignado para servidores sejam investigados por técnicos da Casa.
Fonte: Agência Brasil