Conselho da EBC aprova moção de apoio a Cruvinel
O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aprovou, por unanimidade, uma moção de solidariedade e apoio à diretora-presidente da empresa, Tereza Cruvinel, em função das críticas feitas pelo ex-diretor de Programação e Conteúdo Leopo
Publicado 10/05/2009 14:13
Cruvinel apresentou as razões pelas quais decidiu exonerar o então diretor de Programação e Conteúdo, a quem deu 15 dias de prazo para desligar-se da EBC e buscar nova acomodação profissional. No período, ele concedeu entrevista ao site da revista Forum criticando a administração da empresa.
Entre outras coisas, ele acusou Cruvinel de ter ''rasgado'' R$ 100 milhões que poderiam ter sido aplicados em programação. Segundo ela, trata-se, primeiramente, de uma parcela de R$ 40 milhões do Ministério da Cultura, que Nunes e outros diretores já afastados quiseram transferir para a EBC.
Alertada pelas autoridades orçamentárias de que o recebimento destes recursos ''carimbados'', destinados ao fomento da produção independente, seria descontado do orçamento da EBC, prejudicando os investimentos do ano passado (licitações de R$ 110 milhões em equipamentos), não concordou com a medida, informou a Assessoria de Comunicação Social da EBC.
Os outros R$ 60 milhões, que de acordo com a diretora-presidente, ''nunca existiram'', teriam origem numa captação de igual valor junto a empresas públicas e privadas, para comporem um fundo de fomento à produção independente que não chegou a ser criado por razões jurídicas. ''Não poderia ter rasgado o que não chegou a existir'', disse ela.
Outra acusação de Nunes foi a de que Tereza Cruvinel devolveu ao Tesouro, em 2008, R$ 18 milhões que poderiam ter sido gastos em programação. Ela informou aos conselheiros que em 2008 a execução orçamentária da EBC foi ''excepcional'', tendo sido de quase 100% na rubrica de ''investimento''.
Na rubrica ''custeio'' de fato houve a devolução de R$ 18 milhões que não puderam ser empenhados, mas que este porcentual é inferior ao que muitos outros órgãos públicos deixam de gastar por conta das conhecidas dificuldades de execução orçamentária no Brasil. Ademais, não eram destinados à programação e, sim, a diferentes despesas da EBC, informou Cruvinel.
Fonte: Portal Imprensa