Trabalhadores da Fiat manifestaram-se contra fechamento
Milhares de trabalhadores da Fiat manifestaram-se em Turim, no Norte de Itália, contra a ameaça de fechamento de fábricas e pela garantia do emprego.
Publicado 17/05/2009 16:32
Os manifestantes partiram da fábrica de Mirafiori, nos subúrbios de Turim, levando uma bandeira com a inscrição “De norte a sul, a Fiat deve desenvolver-se conosco”, e caminharam até à sede histórica do grupo automóvel em Lingotto, no centro da cidade.
Os trabalhadores temem que os projetos de fusão em curso com a Opel tenham consequências a nível dos postos de trabalho em Itália.
“A manifestação de hoje é um sinal de mobilização que vai ecoar por toda a Europa”, previu Giorgio Cremaschi, secretário do sindicato dos trabalhadores do setor automóvel, o Fiom.
“Estamos preocupados. Marchionne [presidente da Fiat] forja alianças no estrangeiro, o que poderá conduzir ao fecho das fábricas em Itália”, acrescentou Francesco Percuoco, 42 anos, trabalhador na unidade de Pomigliano, perto de Nápoles.
Sergio Marchionne disse sexta-feira à que a empresa fará “o seu melhor para garantir o maior número possível de empregos em Itália” e “evitar os danos” que poderão ser provocados pela atual crise econômica.
Segundo os sindicatos, que citaram documentos internos do grupo, se a Fiat se associar à Opel, poderão encerrar a fábrica de Termini Imerese (Sicília), a Opel de Kaiserslauttern (Alemanha) e outros estabelecimentos na Grã Bretanha e na Áustria.
Também a unidade napolitana de Pomigliano deverá ser redimensionada.