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Cuba corta previsão de crescimento em 2009 de 6% para 2%

Cuba cortou a sua estimativa de crescimento em 2009, de 6% para ''acima de 2%). Este seria o pior desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) da Ilha em sete anos, um novo sinal de abrandamento econômico. O anúncio foi feito pelo vice-presidente do governo

''A contração global repercute sobre os itens exportáveis do país e numa diminuição na receita por visitante no caso do turismo'', disse o alto funcionário, citado pelo jornal Juventud Rebelde.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE na sigla em espanhol), a importação de mercadorias, sobretudo petróleo e alimentos, disparou no ano passado para US$ 14,249 bilhões (um aumento de 41%), contra US$ 3,679 bilhões das exportações, principalmente de níquel, uma diminuição de 0,6%. O déficit comercial chegou a US$ 10.570 bilhões.

O superávit cubano na área de serviços, obtido graças aos serviços de saúde e ao turismo, chegou a US$ 8,682 bilhões, mas não bastou para compensar o déficit comercial. Além disso, os três furacões no ano passado causaram perdas de US$ 10 bilhões, segundo estimativas oficiais.

A economia cubana cresceu fortemente em 2005 e 2006, impulsionada pelo disparo dos preços do níquel e pela venda de serviços médicos para a Venezuela. O ritmo arrefeceu em 2007 e 2008, mas continuou acima dos 6%.

O último ano de crescimento baixo em Cuba foi  2002 (1,2%), de acordo com uma nova série do PIB a preços constantes desde 1997, que incorpora uma estimativa do valor dos serviços subsidiados, como a saúde, assistência social, educação, cultura e esportes. De acordo com o ONE, esses serviços perfazem cerca de 28% do PIB estrutural.

Murillo disse à imprensa que está em debate um plano para reduzir o consumo de energia, que terá início em junho. Cuba tem capacidade geradora de eletricidade, mas não tem petróleo suficiente para abastecer as termelétricas. A ilha produz cerca de 75 mil barris diários de petróleo e importa da Venezuela quase 100 mil.

Entre janeiro e abril foram consumidos em eletricidade a cerca de 2.400 barris mais do que o esperado, de acordo com um relatório oficial. Em caio há cifras ''alarmantes'', disse o jornal oficial Granma, citando Murillo.

Com informações de La Jornada: http://www.jornada.unam.mx