Sinpro-PI realiza Assembléia Geral neste sábado
O objetivo da Assembléia é deliberar sobre a falta de acordo entre donos de escolas particulares e professores e a possibilidade de greve.
Publicado 29/05/2009 14:06 | Editado 04/03/2020 17:02
O Sinpro realizará neste sábado (30), no colégio Liceu Piauiense, Assembléia Geral com trabalhadores e trabalhadoras de estabelecimentos de educação privada do Piauí. A assembléia ocorre em clima de acirramento de ânimos, em função da postura intransigente dos patrões que se negaram a negociar o acordo coletivo de 2008/2009 e insistem no mesmo comportamento para as mesas de negociação do acordo coletivo de 2009/2010.
Os patrões estão aumentando as mensalidades em cerca de 10% em intervalos menores do que um ano e insistem em não negociar. ''Dados do Inep/MEC, IPEA, IBGE e DIEESE demonstram que, ainda que pese sobre todos os efeitos da crise econômica, o setor da educação privada é o que mais cresce e é também o mais dinâmico, no sentido de garantir mais rápido e seguro retorno dos investimentos'', afirma o professor Elton Arruda, vice-presidente do Sinpro/Pi e diretor da CTB.
A PROPOSTA DOS DONOS DE ESCOLA
Muito embora os próprios donos de escolas tenham negado negociar o acordo coletivo de 2008/2009, indo para dissídio, eles propõe na negociação do acordo coletivo de 2009/2010. Repassando aos trabalhadores 5,83% (INPC) mais 2% de ganho real com a seguinte condição: ''os trabalhadores abririam mão da diferença devida pelos empregadores, conquistada em função do Dissídio de 2008/2010, por R$ 400,00 (valor a ser pago em 8 prestações de R$ 50,00).''
O QUE QUEREM OS TRABALHADORES
Em primeiro lugar, os trabalhadores querem que os patrões paguem na totalidade a diferença que devem, por ocasião do Dissídio Coletivo de 2008/2009 (quando os patrões não quiseram negociar).
Em segundo lugar os trabalhadores querem imensamente negociar para que aconteça o mais brevemente o Acordo Coletivo de 2009/2010, mas sem barganhar o que já se conquistou. O professor Kleber Ibiapina afirma que a Assembléia também discutirá um indicativo de paralisação e, se for preciso, os trabalhadores vão parar para forçar os patrões a negociar.