EUA enviam 12 caças supersônicos em retaliação à Coreia
Chegaram neste sábado (30) à base aérea americana de Okinawa, no Japão, quatro de um total de 12 caças F-22 que os Estados Unidos pretendem enviar à Ásia do Pacífico nas próximas semanas, informou a agência Kyodo News. O envio dos jatos é visto como uma r
Publicado 30/05/2009 21:06
Segundo fontes do Departamento de Defesa, os aviões que partiram em direção ao Japão fazem parte dos dois esquadrões que a Força Aérea americana montou nos últimos quatro meses com objetivo de reforçar a segurança no Pacífico Ocidental. No entanto, o envio assume gravidade diante da tensão criada na Península Coreana.
''Não ficaremos parados''
Neste sábado, o secretário de Defesa Robert Gates afirmou durante a conferência anual de segurança em Cingapura, no Sudeste Asiático, que os Estados Unidos ''responderão prontamente'' se a Coreia do Norte ameaçar o país e seus aliados asiáticos. ''Não ficaremos parados'' enquanto a Coreia do Norte ''desenvolve capacidade para semear a destruição'', disse Gates.
Gates afirmou também que não havia qualquer plano no momento de deslocamento de mais forças norte-americanas para a região, segundo a Associated Press. O envio dos caças desmente o desmentido.
O gesto é também um sinal de que os EUA não se dispõem a ouvir o conselho da China, que pediu ''cabeça fria'' no tratamento da crise nuclear coreana. Como pretexto, os EUA alegam que seus satélites espiões captaram movimentos na Coreia do Norte que podem representar preparativos para o teste de um míssil de longo alcance. Em abril Pyongyang disparou um foguete com estas características, declaradamente com fins pacíficos, para colocar em órbita um satélite artificial.
Cada avião custa US$ 350 milhões
É a primeira vez que o Pentágono desloca caças F-22 (Lockheed Martin F-22 Raptor) para uma base em além-mar. Eles encontram-se na base aérea de Kadena, instalada pelos EUA no arquipélago japonês de Okinawa, depois que o Japão foi ocupado ao fim da 2ª Guerra Mundial.
O F-22 é um avião de combate de alta manobralidade e tecnologia furtiva – que dificulta sua localização por radares. Pode conduzir mísseis de todos os tipos, inclusive com ogivas nucleares.
Projetado em 1990, entrou em operação no fim de 2005. Considerado uma máquina de guerra de alta tecnologia, não possui um só relógio analógico em seu painel de controle, integralmente computadorizado. Os EUA relutam em levar até o fim seu programa, de produção de 187 F-22, devido ao alto custo, de US$ 350 milhões por cada avião, diante da crise econômica e dos pesados gastos militares com a ocupação do Iraque e Afeganistão.
Os EUA possuem igualmente 26.339 soldados estacionados na Coreia do Sul, e outros 33.122 nas ilhas nipônicas. Com outros contingentes menores, como od da Austrália, Ilha de Guam, Ilhas Marianas, Filipinas e Tailândia, o Pentágono chega a um total de 70.719 soldados acantonados na Ásia Oriental e Pacífico.
Da redação, com agências