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Iedi: Recuperação sem indústria?

A recessão na indústria é “muito mais violenta” do que a registrada pelo Brasil no primeiro trimestre, quando a economia como um tudo amargou o segundo recuo consecutivo do Produto Interno Bruto (PIB): 3,7% no quarto trimestre de 2008 e 0,8% no primeiro t

A advertência é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).   “Esses dados negativos para a economia do país como um todo não deixam transparecer uma recessão muito mais violenta que vem marcando o setor industrial desde o agravamento da crise internacional em setembro de 2008″, alerta o Iedi.


 


Após desabar 8,2%, no quarto trimestre de 2008, o valor adicionado da indústria, voltou a cair “significativos 3,1%”, no primeiro trimestre de 2009, destaca o instituto. “São resultados bastante desfavoráveis para a indústria nacional, comparáveis a índices negativos observados em muitas economias que estão no centro da crise financeira internacional”, compara.


 


E conclui que, “em certa medida, o Brasil replicou a crise, e isso se deu, basicamente, por meio de sua indústria”. O Iedi observa é que a queda do PIB registrada no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009, decorre “quase exclusivamente” do desempenho negativo da indústria.


 


“Assim, o que vem sendo dito acerca de uma recuperação que já estaria em curso na economia brasileira pode ser pertinente a outros setores econômicos ou mesmo à economia como um todo, mas não ao setor industrial em particular”, alerta. Na análise do Iedi, a performance da indústria é dependente da oferta de crédito, das expectativas empresarias e da massa salarial. Desses fatores, avalia, apenas o último foi preservado graças a políticas como a do salário mínimo e os vários programas sociais.


 


Com agências