Metalúrgicos de Betim e Jaguariúna discutem políticas trabalhistas da Fiat

Companheiros metalúrgicos de Betim (MG) estiveram presentes neste sábado (6) em um debate no SindMetal Jaguariúna e Região. Os diretores José Nunes, José Alves e Edirley, do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, e toda a equipe do SindMetal puderam realiza

Vários aspectos foram abordados, e entre eles, a situação dos trabalhadores ligados ao Grupo FIAT, uma montadora que emprega milhares de trabalhadores e chega a fabricar cerca de 3 mil veículos ao dia. O grupo é formado pela empresa italiana, a Fiat Automóveis, e mais 11 empresas instaladas no entorno da montadora em Betim, que são satélites, ou seja, fornecedoras de autopeças.


 


Entre elas, grandes empresas como a FPT Powertrain, a Comau e a Magneti-Marelli mineira (que em muito se parece com as filiais paulistas, em Amparo e Hortolândia) tiveram a abordagem dos encarregados e chefes das empresas como discussão entre os presentes.


 


José Nunes, diretor da entidade de luta mineira e funcionário do Grupo há 19 anos, conta que há uma pressão muito grande da empresa contra os funcionários que tentam se sindicalizar. “Durante o TBI – Treinamento Básico Introdutório, eles avisam constantemente para os recém-chegados não se envolverem com o sindicato”. Ele afirma, também, que a pressão segue durante as campanhas de PLR – Participação nos Lucros e Resultados e na Campanha Salarial, épocas justamente em que o trabalhador pode conquistar ganhos reais.


 


Apesar desta pressão, a empresa não demite mais os filiados à entidade trabalhista pois a perseguição se tornava visível e causadora de muitos processos contra a empresa.  “Desde 1999, quando muitos foram mandados embora, que isso não acontece mais”, esclarece o diretor. Ele cita que em Betim vários funcionários são sindicalizados e a cada dia outros mais se associam, porque estão percebendo a necessidade de uma ferramenta de luta ao lado deles.


 


Para o presidente do SindMetal, Edison Cardoso de Sá, os trabalhadores das empresas deste grupo no Estado de São Paulo, principalmente os da Magneti-Marelli, devem valorizar a luta do Sindicato e não podem se deixar levar pela conversa da empresa. “Eles têm de se mobilizar e perceber que não há porque temer em participar de uma entidade que está ali para valorizá-los, fazê-los conquistar cada vez mais e melhor”.



De Jaguariúna, Orlando Flexa