PC britânico denuncia trabalhismo por avanço de fascistas
“O novo trabalhismo deve levar a principal responsabilidade pela eleição de dois fascistas do Partido Nacional Britânico (BNP) para o parlamento Europeu, declarou na última terça-feira o Partido Comunista Britânico, em resposta aos resultados das
Publicado 10/06/2009 15:16
“Seu fracasso na proteção do emprego, das aposentadorias e da moradia, enquanto promoviam políticas privatizantes, guerras e um estado policial, conduziu milhões de eleitores operários a abominar o Partido Trabalhista”, diz um comunicado de 8 de junho assinado pelo secretário geral do PCB, RObert Griffiths.
“A corrupção de Westminster [sede do parlamento britânico, n. da redação] foi a gota d'água para um povo que vive com baixos salários, baixas aposentadorias e que vê como os parlamentares britânicos, e trabalhistas, obtêm salários, emprestimos e aluguéis que são sete ou oito vezes superiores à sua renda anual”, assinalou.
Griffiths acusou especialmente os ministros do novo trabalhismo e a mídia de direita de amaciar o caminho para o avanço do BNP e do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido, fascista) “com uma década de discursos, histórias e leis que demonizam os que buscam asilo, os trabalhadores imigrantes e os muçulmanos”.
O líder do Partido Comunista também acusou os dirigentes dos grandes sindicatos de “deixar de lutar contra o novo trabalhismo, que sequestrou o Partido Trabalhista e degradou o trabalho e o nível de vide de milhões de trabalhadores”.
“Em lugar de exigir que as doações sindicais fossem utilizadas pelo governo para apoiar os serviços públicos, a indústria manufatureira, a moradia pública e os direitos sindicais, financiaram a traição do novo trabalhismo aos valores, políticas e democracia do movimento operário” acusou.
“O caminho já está marcado para as próximas eleições gerais”, concluiu, “para que a Grã-Bretanha veja uma vitória conservadora, dos Tories, a menos que os sindicatos forcem o governo a defender os trabalhadores e suas famílias em lugar de avaliar banqueiros e especuladores”, finalizou.