Professores de escolas e faculdades particulares do Piauí vão parar

Cerca de 150 pessoas, entre professores e auxiliares, compareceram à assembléia, realizada no auditório do colégio Liceu Piauiense. A reunião teve como objetivo discutir a convenção database ano 2009/2010 dos funcionários, uma vez que a do ano passado encontra-se sub judice. “Organizamos o dissídio coletivo e ganhamos o direito de reposição de 37% no piso salarial”, explica o presidente do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Rede Particular de Ensino do Piauí (Sinpro), Kléber Ibiapina. De acordo com o sindicalista, os proprietários de escola recorreram da decisão e ofereceram um reajuste real de 2%, baseado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). “Mas esse reajuste tinha a condição de nós esquecermos o dissídio”, complementa Kléber.

Kléber afirma ainda que, diante da negativa da categoria em firmar este acordo, outra proposta lhes foi feita. Um bônus de R$ 400, dividido em oito parcelas de R$ 50. Esta opção também não foi aceita. “O que queremos é o cumprimento do dissídio e pagamento do valor retroativo. Tem professor que tem mais de R$ 8 mil para receber e eles querem dar R$ 400?”, indaga o presidente do sindicato. Diante deste cenário, professores e auxiliares, decidiram realizar uma paralisação ‘surpresa’, para pressionar os donos de escola a entrarem num acordo que satisfaça os trabalhadores. O sindicato não divulga a data do ato para que não haja desarticulação por parte dos donos de escola. “Caso não haja uma negociação efetiva partindo desta paralisação, as categorias podem decidir pela greve”, afirma Kléber.

O Sindicato dos Professores e Auxiliares da Rede Particular de Ensino do Piauí possui mais de 17 mil filiados em todo o Estado. Em Teresina, este valor é de 2,5 mil funcionários. A expectativa é que o movimento tenha uma boa adesão.