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Extinção de títulos vinculados à Selic ganha força no governo, diz economista

O economista José Luiz Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB), voltou a defender a proposta de extinção das Letras Financeiras do Tesouro (LFT”s), que são vinculadas à taxa básica de juros (Selic) e, portanto, impactam a dívida pública interna toda vez

De acordo com Oreiro, a idéia ganha força dentro do governo, mas o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RJ), Paulo Passarinho — que considera boa a proposta defendida pelo colega de Brasília — ressalta que ela tem implicações políticas que o atual governo não tem demonstrado vontade de encarar.


 


“Uma medida como essa teria, necessariamente, que estar acompanhada de outras, como a instituição do controle de capitais para evitar a fuga em massa de divisas, e do superávit primário – economia para pagar juros. Essa idéia está presente no debate desde o primeiro mandato do atual governo, mas alteraria o modelo baseado no pacto com os banqueiros”, salientou o economista.


 



Ele não acredita que o atual governo queira romper tal pacto. “A opção de continuidade tem sido determinante para uma série de dificuldades vividas pelo país, inclusive nas políticas sociais. A carência de verbas para a Educação e Saúde está ligada ao comprometimento de recursos com o superávit primário, cuja extinção seria um dos mecanismos.”


 



Passarinho identifica “outras indexações e compromissos” no modelo econômico, como os interesses dos fundos de pensão.
“Deles é exigido um nível questionável de rentabilidade. Acabam sendo mais um obstáculo política para baixar juros”, exemplificou.


 


A informação é do Monitor Mercantil